Presidente lançou um programa que propõe ações tímidas no setor energético. Esse tema também deve guiar pautas do presidente na ONU
Tema constante na atual agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante reuniões de cúpulas internacionais, e que deve se repetir no discurso do mandatário na Organização das Nações Unidas (ONU) nesta semana, a política de transição energética no Brasil ainda não foi bem desenhada e se alicerça em ações ainda tímidas e defasadas.
O presidente enviou ao Congresso Nacional, o programa “Combustível do Futuro”, com metas para reduzir o uso de combustíveis fósseis e estimular a chamada economia verde. O objetivo é demonstrar, em meio ao embate entre desenvolvimentistas e ambientalistas do governo sobre a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, que o Brasil está empenhado em adotar ações para frear as mudanças climáticas.
O tema também deverá ser um dos protagonistas no discurso do presidente na Assembleia Geral da ONU, em Nova York (EUA), na próxima terça-feira (19/9).
Assim como outras agendas ligadas ao combate à fome e a uma nova governança global, o compromisso com a preservação ambiental é um pilar de Lula para se distanciar de Jair Bolsonaro (PL), firmar acordos e restabelecer relações diplomáticas.
Especialistas avaliam que há muito a ser feito para garantir que o discurso ambiental se traduza em ações eficazes. Ambientalistas ponderam que as propostas adotadas em território brasileiro ainda têm bases atrasadas e podem servir como “cortina de fumaça” para a manutenção da exploração de combustíveis fósseis por mais tempo.