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Homem de confiança da AMPREV em governos de Waldez esteve no centro do investimento no Banco Master

Figura estratégica da AMPREV em gestões de Waldez integra o contexto que levou ao investimento no Banco Master

A investigação sobre os aportes milionários da Amapá Previdência (AMPREV) no Banco Master continua revelando personagens centrais na gestão do fundo ao longo dos últimos anos. Entre eles, aparece José Milton Afonso Gonçalves, servidor que ocupa posições estratégicas dentro da previdência estadual desde períodos governados por Waldez Góes, quando a autarquia ganhou autonomia financeira e ampliou sua atuação em investimentos de risco.

Documentos consultados pela reportagem mostram que José Milton atuou em cargos técnicos sensíveis — incluindo funções de planejamento e participação em comitês decisórios — justamente nos anos em que Waldez comandava o Amapá, consolidando o modelo de gestão previdenciária que, hoje, está sob questionamento.

Embora portarias internas costumem ser assinadas pela diretoria da autarquia e não diretamente pelo governador, a estrutura que permitiu a atuação de José Milton dentro do sistema foi montada, fortalecida e validada politicamente durante a era Waldez, que governou o Estado pelos ciclos mais longos da história recente.

AMPREV cresceu e ganhou poder sob Waldez

A AMPREV foi construída ao longo de gestões que centralizaram decisões estratégicas sobre o futuro das aposentadorias dos servidores. É nesse contexto que José Milton aparece ocupando espaços dentro da autarquia, ao mesmo tempo em que Waldez conduzia o Estado por quatro mandatos, influenciando diretamente a configuração da política previdenciária amapaense.

Enquanto a máquina se fortalecia, o comitê de investimentos se tornava peça-chave, com acesso a recursos públicos vultuosos e autonomia para operar no mercado financeiro — cenário que possibilitou operações posteriores envolvendo o Banco Master.

A fase Alcolumbre e o avanço para o Banco Master

Nos anos seguintes, a AMPREV passou a ser comandada por nomes ligados ao senador Davi Alcolumbre, apontado publicamente como padrinho político de dirigentes que autorizaram investimentos considerados de alto risco.

É nesse período que a aproximação com o Banco Master se intensifica, culminando na aplicação de recursos que hoje estão no centro de ações judiciais e cobranças por responsabilização.
José Milton surge como integrante do ambiente técnico que participou de processos internos ligados às operações financeiras — vínculo que ainda está sendo destrinchado pelo Ministério Público e pelo Judiciário.

O que está claro até agora

  • José Milton fez carreira estratégica dentro da AMPREV durante governos de Waldez;
  • A estrutura previdenciária que permitiu o investimento no Banco Master foi consolidada na gestão Waldez;
  • O grupo ligado a Alcolumbre assume a autarquia e operações avançam;
  • A crise atual é reflexo de um sistema que acumulou autonomia e fragilidades por anos.

E o silêncio permanece

Apesar do risco que paira sobre o futuro previdenciário do servidor amapaense, Waldez e Alcolumbre evitam comentar publicamente o caso. A AMPREV segue sob pressão, o Ministério Público investiga, e a Justiça começa a cobrar o cumprimento de decisões.

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