Margem Equatorial receberá maior parte dos investimentos da Petrobrás em exploração, com 15 novos poços

Novos tempos na Petrobrás. O novo plano estratégico da companhia para o período entre 2026 e 2030 revela uma mudança de paradigma na busca por novas reservas. Embora o pré-sal continuará recebendo um valor significativo de investimentos, será a Margem Equatorial que irá receber a maior fatia de recursos da estatal nos próximos cinco anos.
Ao todo, o investimento em exploração da Petrobrás no período será de US$ 7,1 bilhões, sendo US$ 2,5 bilhões para a Margem Equatorial, US$ 2,2 bilhões para a Margem Sul e Sudeste, além de US$ 2,4 bilhões para bacias terrestres e novos ativos exploratórios no exterior.
A Petrobrás pretende perfurar 40 novos poços até 2030, sendo 15 apenas na Margem Equatorial. Como se sabe, atualmente a companhia está perfurando o poço de Morpho no bloco FZA-M-059, na Bacia da Foz do Amazonas. Este é o primeiro de um compromisso de perfuração de 8 poços em Amapá Águas Profundas.
Além disso, além das duas descobertas já realizadas na Bacia Potiguar (Pitu Oeste e Anhangá). O próximo passo será a perfuração do poço Mãe de Ouro, no bloco POT-M-762.
Na Margem do Sudeste, a Petrobrás prevê 11 poços, sendo 6 na Bacia de Santos e cinco na Bacia de Campos. A empresa deve perfurar o poço exploratório adjacente ao ativo de produção Marlim Sul, visando sinergias operacionais. A companhia avaliará ainda o potencial exploratório da Bacia de Campos nos blocos Citrino, Norte de Brava, C-M-477 e Jaspe. Por fim, a estatal também prevê testes de formação e perfuração em Aram, na Bacia de Santos.
Em paralelo, a Petrobrás mantém projetos que visam a aumentar a disponibilidade de gás e dedica atenção especial aos ativos maduros, com o objetivo de avaliar as possibilidades de prolongamento da vida produtiva desses ativos e seus sistemas de produção e, em último caso, iniciar as atividades de descomissionamento, seguindo as melhores práticas de sustentabilidade na destinação de ativos em final de ciclo de vida. A destinação sustentável de equipamentos e o abandono de poços demandarão dispêndios de US$ 9,7 bilhões nos próximos cinco anos.
No Plano de Negócios 2026-2030, a Petrobrás prevê atingir, no quinquênio, o pico de produção de óleo de 2,7 milhões barris por dia em 2028 e pico de produção total de 3,4 milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia (boed) em 2028 e 2029.




