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Vandick Lima retorna ao Paysandu e projeta reconstrução do clube

Novo gerente de futebol do Paysandu foca na união e reestruturação do clube para a temporada 2026

O Paysandu abriu oficialmente sua caminhada rumo a 2026 com a apresentação de Vandick Lima como novo gerente de futebol. A coletiva, transmitida pela Papão TV, marcou o retorno do ídolo à Curuzu em sua sétima passagem pelo clube – agora com a missão de liderar a reorganização estrutural, fortalecer o ambiente interno e conduzir o planejamento da próxima temporada.

Em suas palavras iniciais, Vandick resumiu o sentimento de voltar à casa onde fez história. “Prazer estar aqui com vocês pra falarmos da minha sétima passagem pelo Paysandu, em funções diferentes”.

Um dos pontos centrais da fala de Vandick foi o apelo por união. Ele destacou que o momento exige que diretoria, comissão técnica, jogadores e torcedores caminhem lado a lado. “Nós temos que estar todo mundo unido. O Paysandu é muito grande, o Paysandu é gigante, mas tem que estar unido”.

O novo gerente lembrou que a torcida jamais abandonou o time durante a campanha de 2025, mesmo nas situações mais difíceis. “O torcedor deu uma demonstração de fidelidade fantástica. Muitas rodadas na lanterna, e o torcedor acreditando, lotou o estádio em praticamente todos os jogos”.

Aprendizados de 2013 e 2014

Vandick fez uma comparação direta com a temporada de 2013, quando participou de um processo semelhante. “Nós tivemos o descenso em 2013, mas no ano seguinte a gente corrigiu algumas coisas e acabou conseguindo o acesso”.

Para ele, a atual gestão já repete alguns acertos daquele período, principalmente no campo financeiro. “A diretoria está procurando equalizar todos os débitos para que a gente possa iniciar o ano de 2026 sem débito com atletas, com funcionários, para que a gente possa começar o ano com tranquilidade.”

Prioridade total à parte financeira e ao elenco

Vandick ressaltou que o primeiro passo do planejamento é organizar as contas. “A primeira coisa é a gente conseguir terminar o ano sem débito com quem está aqui”

Sobre o elenco, ele foi direto ao falar sobre o perfil ideal. “A primeira característica do jogador é suportar a pressão. Jogar no Paysandu é muito bom, mas no momento de dificuldade a pressão também é muito grande”.

Ele reforçou a visão compartilhada pelo executivo de futebol Marcelo Santana, destacando que o clube não busca atletas motivados apenas por salário. “O jogador tem que querer vir. Não adianta ele vir só porque vai ganhar um pouquinho a mais”.

Melhorias no CT e estrutura como atrativo

Na parte estrutural, Vandick foi claro ao afirmar que o clube precisa oferecer melhores condições para atrair e desenvolver atletas.

“Algumas melhorias precisam ser feitas no CT. A gente pensa em trazer jogadores que estão sem oportunidades na Série A, e a primeira coisa que eles pensam é na condição de trabalho”.

O objetivo é tornar o CT o principal local de treinos, deixando a Curuzu apenas para jogos ou atividades esporádicas.

Nova função

Ao explicar sua rotina, Vandick detalhou o que fará no dia a dia. “Vou acompanhar o clube nas viagens, nos treinos, vou estar no vestiário, vou filtrar o que pode chegar ou não na diretoria.”

Ele reforçou que essa vivência dupla — como ex-atleta e ex-presidente — o ajuda a compreender necessidades e limites. “Eu sei o que pode ser dado e o que pode ser pedido.”

Categorias de base como prioridade

Em resposta a um torcedor, Vandick afirmou que dará atenção especial à formação. “No elenco do próximo ano nós vamos ter entre cinco a seis atletas da base. Eu particularmente vou dar uma atenção especial aos garotos. O Paysandu tem que formar jogador”.

Técnico Júnior Rocha

Sobre o novo treinador, ele não deixou dúvidas quanto à confiança no trabalho. “Acredito plenamente. O Júnior está acostumado com essa competição. Nas últimas quatro edições da Série C, ele classificou o time dele para todos os quadrangulares”.

O retorno à Curuzu e a emoção do reencontro

Ao final da coletiva, Vandick foi perguntado sobre a sensação de voltar à casa. “A emoção é de um torcedor. Vibrei nas vitórias e sofri nas derrotas. Estar aqui podendo ajudar o clube a sair desse momento de dificuldade me deixa muito feliz — e também me dá uma responsabilidade bem maior”.

Com o discurso alinhado entre direção, executivo e comissão técnica, o Paysandu inicia 2026 apostando em organização, união e identidade. Vandick assume o papel de peça central num projeto que busca reconstruir o clube dentro e fora de campo – e devolver ao torcedor a esperança de dias melhores.

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