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Estrutura e impulso financeiro: os trunfos para Mirassol chegar à Libertadores

Clube do interior de São Paulo, que tem uma das menores folhas salariais entre os 20 da Série A, faz campanha histórica em 2025

O Mirassol se credenciou como o time sensação do momento no futebol brasileiro. O clube do interior paulista vem surpreendendo com uma grande campanha, ocupando a quarta posição, com 60 pontos, após 34 jogos no Brasileirão. De quebra, a equipe conseguiu matematicamente uma vaga para Libertadores de 2026 com o empate por 1 a 1 contra o Santos na última rodada e a combinação de resultados dos adversários na noite desta quinta-feira (20).

No entanto, o sucesso do tem uma explicação. A reestruturação na gestão começou com a reforma no centro de treinamento, orçado em R$ 15 milhões, com melhorias em infraestrutura e novos equipamentos. Além disso, quatro campos e alojamentos de excelência. Para Moises Assayag, Sócio-Diretor da Channel Associados e especialista em finanças no esporte, o Mirassol é mais um exemplo de clubes que estão colocando a organização fora de campo como prioridade.

“Antes de se pensar em resultados ou títulos, é preciso ter organização e planejamento. É fundamental ter uma estrutura por trás que passa necessariamente por uma gestão eficiente e pelo bom direcionamento de investimentos, desde que faça sentido com a visão do clube e de seus torcedores”, afirmou o economista.

A venda do atacante Luiz Araújo do São Paulo para o Lille, da França, foi importante. Afinal, o Mirassol tinha 30% dos direitos econômicos e embolsou quase R$ 8 milhões com a negociação, em 2018. Nesta ocasião, foi o ano em que o CT foi inaugurado. Além disso, no final do ano passado, quando estava perto do acesso, o Leão Caipira adquiriu uma câmara de flutuação e se tornou o segundo da América Latina a ter este equipamento.

Visibilidade e retorno financeiro

Para a estreia no Brasileirão, o clube anunciou investimentos de R$ 8 milhões em reformas no estádio José Maria de Campos Maia, o Maião. As fachadas, setor de camarotes e cabines de imprensa tiveram alterações. O clube também investiu em tecnologia de reconhecimento facial nas entradas, substituição do alambrado por proteção de vidro, reforma dos banheiros e melhoria na iluminação do campo.

Se não bastasse isso, o clube viu suas receitas aumentarem com a chegada de novos patrocínios. Atualmente, eles representam cerca de R$ 15 milhões por ano. A empresa 7k apostou no Mirassol quando ainda estava na Série C do Brasileirão. Além deste, o Leão Caipira tem Guaraná Poty, a Ecori Energia Solar, a Kodilar, a Ruiz Coffees, a marca Atacadão Pisos e a ITS Brasil. Todas elas presentes no uniforme.

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