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Energia mais barata: saiba por que linhão que integra Roraima tem impacto nacional

Economia deve chegar a R$ 500 milhões por ano, segundo estimativa do Governo Federal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva acionou a rede que liga Manaus (AM) a Boa Vista (RR), conhecida como Linhão de Tucuruí. A medida, além de integrar Roraima ao sistema elétrico do resto do país, deve baratear o custo da energia para todos os estados. A economia, segundo estimativa do governo federal, deve chegar a R$ 500 milhões por ano.

Isso porque o valor será reduzido na Conta de Consumo de Combustíveis, pago em forma de encargo, que era dividido entre todos os brasileiros devido à geração de energia por termelétricas em Roraima. A cobrança era feita para subsidiar esses sistemas isolados de geração de energia. Além disso, também está prevista a redução de mais de 1 milhão de toneladas de CO₂ anualmente.

A ligação do Linhão foi feita a partir dos Centros Nacional e Regional de Operação Norte/Centro-Oeste, na sede do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), em Brasília. Na prática, a infraestrutura vai conectar Roraima, única unidade da federação isolada, ao sistema Interligado Nacional.

O linhão tem 725 quilômetros de extensão em circuito duplo de 500 quilovolts (kV), desde a Subestação Eng. Lechuga, no Amazonas, à Subestação Boa Vista, na capital de Roraima, com uma seccionadora (ponto de apoio intermediário) em Rorainópolis. Ao todo, a obra demandou investimentos de R$ 3,3 bilhões, executada pela Transnorte Energia (TNE).

O Ministério de Minas e Energia afirma que a ação garante estabilidade elétrica para o estado do norte, além de tarifas mais justas e redução da dependência de termelétricas, até então responsáveis pela geração em Roraima.

Segundo o presidente Lula, a experiência brasileira com o Sistema Interligado Nacional pode servir de referência para uma futura integração elétrica entre os países da América do Sul.

“Considero que poucos países possuem um sistema interligado como o nosso. Caso os líderes da América do Sul reconheçam a importância de um sistema como este, poderemos integrar o potencial energético de toda a América do Sul, transformando-nos em uma potência ainda maior. Dessa forma, nenhum país enfrentaria mais problemas de falta de energia, pois poderíamos realizar a transmissão de energia conforme a necessidade. Acredito que isso levará tempo, mas os governantes mundiais precisarão entender que o compartilhamento de experiências bem-sucedidas beneficia todos os povos da nossa região”, destacou.

Lula acrescentou que, junto com a energia estável, Roraima vai ter internet de qualidade.

“A chamada banda larga que todo mundo fala, que é uma internet mais rápida. Vai ter em qualquer lugar. Qualquer jovem de Roraima vai ter o mesmo acesso à internet que as pessoas têm em Paris, Londres, São Paulo e Rio de Janeiro. Estamos orgulhosos de estarmos aqui hoje no ONS para dizer que Roraima está ligada ao restante do Brasil, não existe mais diferença. Essa energia e a internet vão chegar até os indígenas, porque não queremos ninguém fora”, disse.

O chefe do Executivo também reforçou que o estado “tem uma possibilidade extraordinária de comércio exterior com Suriname, Guiana, Trinidad Tobago e Caribe. Significa que o começo do funcionamento deste linhão vai permitir que Roraima tenha três vezes mais energia do que precisa hoje”, acrescentou Lula.

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