Boêmios do Laguinho está na semifinal do Festival de Samba da Mangueira e celebra encontro entre Amazônia e Rio de Janeiro

A Universidade de Samba Boêmios do Laguinho vive um momento histórico. A maior agremiação carnavalesca da Amazônia está na semifinal do Festival de Samba Enredo da Estação Primeira de Mangueira, uma das maiores referências do carnaval carioca e símbolo da cultura negra no Brasil. A jornada até aqui foi marcada por várias audições, etapas seletivas e uma entrega profunda dos compositores e intérpretes da agremiação.

O samba apresentado é resultado de um processo criativo coletivo, intenso e profundamente enraizado na memória e identidade do povo preto. A composição tem a assinatura do Menestrel Francisco Lino, um dos fundadores do Boêmios do Laguinho e referência viva da arte e da resistência cultural no Amapá.
Neste ano, a Mangueira escolheu olhar para o Amapá por meio da trajetória e do legado de uma das suas figuras mais emblemáticas: Mestre Sacaca. E é por esse olhar que a Amazônia ganha espaço na Marquês de Sapucaí. A obra construída pelo Boêmios é, portanto, uma verdadeira oferenda musical da comunidade do Laguinho para a comunidade da Mangueira. Uma ponte de tambores, poesia e devoção, que homenageia Sacaca: personagem lendário do carnaval amapaense, Rei Momo, boemista, e símbolo do Banco da Amizade.

Assinam o samba, ao lado de Francisco Lino, os compositores Bruno Costa, Silmara Lobato, Hickaro Silva e Camila Lopes, representantes da nova geração do samba do Amapá. Juntos, constroem uma travessia simbólica entre territórios, sonhos e ancestralidade.
A participação do Boêmios do Laguinho no Festival da Mangueira reafirma a força da Amazônia no cenário nacional do samba. Com o coração batucando no compasso da resistência, a escola mostra que a arte nascida nos quilombos, nos terreiros e nas periferias pode e deve ocupar todos os palcos — do Laguinho à Sapucaí.
Assessoria de Comunicação U. S Boêmios do Laguinho