Unifap se destaca com maior número de pesquisadores contemplados por bolsas de produtividade
Marca de pesquisadores da Universidade financiados é a maior já alcançada

A Universidade Federal do Amapá (Unifap) comemora um marco expressivo em sua trajetória na pesquisa científica. Pela primeira vez, a Instituição atingiu o número de 25 pesquisadores com bolsas de produtividade concedidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amapá (Fapeap).
O crescimento é considerado histórico. Em 2020, somente dois pesquisadores da Universidade possuíam esse tipo de fomento. Se a comparação se der desde 2013, então esse número cai para um pesquisador financiado. Atualmente, são 17 bolsas na modalidade Produtividade em Pesquisa (PQ) e oito na categoria de Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora. Os dados foram divulgados pela Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propespg), em comunicado enviado à comunidade acadêmica.
Na manhã desta segunda-feira, 29, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amapá (Fapeap) realizou, em sua sede, a cerimônia de entrega oficial das bolsas de produtividade científica. Entre os contemplados, esteve o professor da Universidade Federal do Amapá (Unifap), Dr. Marcus Cardoso, que celebrou a concessão da primeira bolsa estadual de produtividade à sua pesquisa intitulada “Matar e morrer no contexto amazônico: moralidades em torno da letalidade policial no Amapá”.
A pesquisa se dedica a jogar luz sobre a violência estatal cometida por policiais no estado o que, segundo o pesquisador, é estarrecedora, ocorre de forma descontrolada e não recebe uma resposta adequada por parte do Ministério Público.
O professor considera a iniciativa da Fapeap revolucionária, no sentido de que fortalece o compromisso com a pesquisa científica de alta qualidade de maneira inédita.
“Ela permite aos pesquisadores financiar atividades concretas relacionadas a seus projetos, qualificando ainda mais o quadro acadêmico e a produção científica no Amapá. A criação da bolsa de produtividade estadual merece o reconhecimento da comunidade acadêmica. O Governo do Estado como um todo, assim como o presidente da Fapeap, o professor Gutemberg de Vilhena Silva, estão de parabéns pela iniciativa”, ponderou Cardoso.
Segundo a Propespg, as bolsas representam muito mais do que reconhecimento individual: elas refletem a força da pesquisa coletiva em meio aos desafios orçamentários e estruturais da Amazônia. “Cada bolsista simboliza uma trajetória de resistência, comprometimento com a ciência pública e dedicação à formação de novas gerações”, destacou o pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação Carlos Eduardo Costa de Campos, que assinou o comunicado ao lado de outros diretores.
Além de liderar os indicadores estaduais, a Unifap se consolida como principal referência científica no Amapá. Das 33 bolsas de produtividade atualmente em vigor nas instituições públicas do estado (incluindo a Universidade do Estado do Amapá e Instituto Federal do Amapá), 25 pertencem à universidade federal.
A Propespg ressalta, ainda, que os bolsistas têm atuação destacada não somente na produção de artigos e projetos, mas também na formação de estudantes de graduação, iniciação científica, mestrado e doutorado.
“A presença deles nas salas de aula reforça a missão da universidade pública: produzir conhecimento com ética, compromisso social e impacto local”, disse o pró-reitor.
Os nomes dos pesquisadores contemplados estão disponíveis no portal institucional da Unifap, no endereço: https://www2.unifap.br/nitt/pesquisador-produtividade-pq-e-dt/. O comunicado finaliza com um convite à comunidade para celebrar essa conquista coletiva e seguir incentivando o avanço da ciência na Amazônia.