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A crise diplomática entre Brasil e Israel

Apoio do Brasil em ação judicial que acusa Israel de genocídio abriu novo capítulo na crise diplomática entre os dois países

A crise diplomática entre Brasil e Israel ganhou um novo capítulo nesta semana. O governo brasileiro ingressou em uma ação judicial na Corte Internacional de Justiça (CIJ) que denúncia um possível genocídio de palestinos na Faixa de Gaza.

Tensão entre Brasil e Israel

  • Desde que Lula assumiu a presidência, a relação entre Brasil e Israel tem vivido momentos de tensão.
  • De um lado, Israel acusa o governo brasileiro de ter posturas pró-Hamas. Do outro, Lula tem feito críticas quanto à atuação israelense na Faixa de Gaza, onde mais de 50 mil pessoas já morreram.
  • O ápice da crise aconteceu em fevereiro de 2024, quando Lula comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza com o Holocausto de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
  • Depois da repercussão negativa da fala, o presidente brasileiro foi declarado persona non grata em Israel. Em retaliação, Lula retirou o embaixador do Brasil em Tel Aviv, dando assim menos peso na relação diplomática dos dois países.

A decisão do governo Lula, antecipada há alguns dias pelo ministro Mauro Vieira, provocou críticas, e até mesmo um posicionamento oficial do Ministério das Relações Exteriores de Israel.

Em nota, a chancelaria, o governo israelense chamou de “falha moral” o apoio do Brasil ao processo judicial apresentado pela África do Sul na CIJ – também conhecido como Tribunal de Haia -, em que Israel é acusado de cometer crimes de guerra no enclave palestino.

Além de ingressar no processo internacional, Brasil também se retirou da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), onde participava como membro observador desde 2021.

Fontes ligadas à diplomacia israelense afirmaram que o governo brasileiro não deu explicações sobre o que motivou a saída do Brasil da organização, criada na década de 1990 para combater o antissemitismo.

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