Brasil

Programa do Ministério dos Transportes, alinhado ao Novo PAC, promete modernizar a malha viária

Concessões em 2025 vão transformar 8,4 mil km de estradas e gerar 1,6 milhão de empregos

De acordo com o cronograma divulgado pelo Ministério dos Transportes, o Brasil está prestes a iniciar o maior ciclo de concessões rodoviárias no Brasil em 2025 da sua história. Alinhado ao Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), o plano, liderado pelo ministro Renan Filho, visa atrair R$ 161 bilhões em investimentos para modernizar e expandir cerca de 8.449 quilômetros de rodovias federais e estaduais, representando um marco para a infraestrutura nacional.

A iniciativa busca não apenas recuperar trechos desgastados, mas também incorporar tecnologias avançadas para melhorar a segurança e a eficiência logística. Com leilões programados para todas as cinco regiões do país, o programa de concessões rodoviárias no Brasil em 2025 tem o potencial de reduzir custos de transporte, gerar empregos e impulsionar o desenvolvimento em setores estratégicos como o agronegócio e o turismo, redefinindo o futuro da malha viária brasileira.

Os números do maior ciclo de concessões da história

O programa para 2025 é ambicioso e supera com folga os anos anteriores. Enquanto entre 2023 e 2024 foram realizados 9 leilões que somaram R$ 108,3 bilhões em investimentos, o plano para o próximo ano prevê 15 novos leilões. O investimento total de R$ 161 bilhões será dividido em R$ 93 bilhões de Capex (investimentos em obras como duplicações e novas faixas) e R$ 68 bilhões de Opex (custos de operação e manutenção ao longo do contrato).

Estudos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) fundamentam o programa. As projeções indicam a necessidade de duplicar 1.783 km de rodovias e construir 2.410 km de faixas adicionais. Um relatório do BNDES de fevereiro de 2025 projeta que esses investimentos podem gerar até 1,6 milhão de empregos diretos e indiretos até 2026.

Quem são os investidores e as empresas na disputa?

O programa de concessões rodoviárias no Brasil em 2025 tem atraído o interesse de grandes players do setor de infraestrutura. Empresas como CCR, Ecorodovias e Arteris são protagonistas nos leilões. A CCR, por exemplo, já venceu lotes no Paraná e planeja investir R$ 5,7 bilhões em suas concessões em 2025.

Para diversificar o mercado, o governo tem realizado roadshows internacionais para atrair novos investidores, como fundos soberanos da Ásia e da Europa. A estratégia tem mostrado resultados: nos últimos 10 leilões, oito grupos diferentes participaram, demonstrando um aumento da competitividade.

Tecnologia e sustentabilidade como pilares do novo modelo

As novas concessões rodoviárias no Brasil em 2025 trazem um forte componente de inovação e sustentabilidade. Os contratos preveem a implementação de tecnologias como inteligência artificial para detecção de acidentes, câmeras de monitoramento e pedágios eletrônicos do tipo free flow (sem cancelas).

A sustentabilidade também é um pilar. Os novos contratos exigem que pelo menos 1% da receita bruta das concessionárias seja alocada para ações ambientais, como conservação de fauna e uso de energia renovável. Além disso, há um incentivo para o uso de materiais mais sustentáveis, como o asfalto ecológico.

O impacto direto para os brasileiros: empregos, tarifas e segurança

O maior ciclo de concessões rodoviárias no Brasil em 2025 promete gerar impactos diretos na vida da população. A geração de 1,6 milhão de empregos é uma das principais expectativas. Além disso, a Nova Política de Outorga do Ministério dos Transportes tem ajustado os contratos para permitir tarifas de pedágio mais baixas, com reduções que podem chegar a 70% em alguns trechos.

A segurança viária é outra prioridade. A duplicação de trechos críticos, como a BR-381/MG, conhecida como “Rodovia da Morte”, visa reduzir o alto número de acidentes. Com mais investimentos e uma gestão mais eficiente, a expectativa é que o Brasil transforme sua malha rodoviária em um verdadeiro “canteiro de obras”, como destacou o jornal Valor Econômico, melhorando a vida de milhões de pessoas.

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