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SUV médio Boreal quer elevar o patamar da Renault no Brasil

Modelo marca a entrada da Renault no segmento de SUVs médios, e é um dos mais modernos da história da marca por aqui

A Renault apresentou oficialmente seu novo SUV médio, o Boreal. O carro, projetado para mais de 70 países, surge primeiro no Brasil, onde deverá começar a ser vendido no final do ano, provavelmente entre setembro e dezembro. Seu lançamento também deve ocorrer no último trimestre, quando mais informações serão reveladas sobre ele.

Motorização

Falando nisso, o Boreal virá com o 1.3 turboflex de quatro cilindros, o mesmo do Duster TCe, provavelmente numa calibração de 163 cv de potência com cerca de 27,5 mkgf de torque, para ficar na mesma faixa de força dos principais concorrentes. Esse motor, pela primeira vez, passa a casar com a transmissão automatizada do Kardian, de dupla embreagem e seis velocidades.  

A plataforma é a modular emprestada do Kardian, a RGMP, criada para mercados emergentes. A produção de São José dos Pinhais (PR), que já está na fase de pré-série, dará conta de 17 mercados diferentes, incluindo o Brasil. Já no ano que vem, 2026, começará a ser feito também na Turquia, e de lá será enviado para outros países do Leste Europeu, Oriente Médio e Mediterrâneo. No total, 71 nações estão nos planos. 

Estilo

Com linhas vincadas e identidade visual inédita por aqui, o Boreal segue um estilo de design que lembra um pouco a nova geração do Duster, vendida na Europa. Trata-se de um visual que a própria Renault diz ser inspirado no formato de um diamante. A dianteira ousa com luzes diurnas de desenho dividido, enquanto as lanternas, estreitas, serão sempre em LED. As unidades apresentadas usavam rodas aro 19. 

 O novo SUV médio da Renault vem com dimensões interessantes para a categoria, incluindo os generosos 2,70 m de distância entre-eixos, o que deixa o carro com balanços curtos na dianteira e traseira. Seu comprimento é de 4,56 m (um Compass ronda os 4,40 m), com 1,84 m de largura (1,82 m no Jeep), e cerca de 1,65 m de altura (1,62 no Compass). Impressiona os 522 litros de capacidade do porta-malas, colocando o Boreal como um dos maiores da categoria nesse quesito.

Interior

Por dentro, linhas que lembram as dos carros mais recentes da Renault, como o Megane E-Tech. Sua tela multimídia de 10” é mais quadrada do que vertical, enquanto a instrumentação tem outras 10,2”, com estilo prático. No console central, comandos da transmissão por joysticks (como no Kardian), botão para o freio de mão eletromecânico, além de seletor giratório para modos de condução. São cinco no total, incluindo um que se adapta ao estilo de quem estiver dirigindo

Prometido pela marca, o bom acabamento parece ser virtude. Painel e laterais de portas têm quase totalidade em forração macia, e o interior é repleto de partes prateadas (alumínio), ou em black piano. Nesse segmento, especialmente tendo como referência os SUVs chineses, não há espaço para acabamentos simplórios.  

Tecnologia

O que também é pedida certa para esse público de SUVs médios são as tecnologias embarcadas. Por isso, o Boreal é o Renault mais moderno já fabricado (e quiçá vendido) no mercado brasileiro. Dentre os luxos, teto-solar panorâmico dos maiores, tampa do porta-malas com abertura e fechamento elétricos, bancos dianteiros com ajustes elétricos, motorista com massageador configurável e memórias de posição, sistema de som Harman Kardon, luzes ambientes em LED configurável e mais.  

Além disso, estreia um sistema de estacionamento semiautônomo da marca no mercado brasileiro (Park Assist), bem como um lote de assistentes inteligentes de condução (ADAS), e câmeras 360º com visão 3D do carro. A multimídia tem internet embarcada e funcionalidades do Google, como Maps online, Assistente de Voz e acesso a Play Store para download de diversos aplicativos. O Maps, aliás, é projetado também no painel de instrumentos, como acontece nos Volvo.

O que ainda não foi divulgado…

Preços? Ainda permanecem em segredo, assim como as versões disponíveis e equipamentos de série completos. Porém, espere cifras entre R$ 180 mil e R$ 210 mil, aproximadamente. Também nada foi falado pela Renault, ainda, sobre as suspensões traseiras: o Kardian, com quem o Boreal compartilha a plataforma, usa um esquema convencional, de eixo de torção. Mas, no segmento de SUVs médios, são mais comuns as construções independentes, com fixação multibraço na traseira. Os freios a disco, de qualquer forma, estão nas quatro rodas do Boreal.  

Na realidade, o Boreal também serve para “elevar a régua” da Renault no mercado brasileiro, já que, por aqui, a marca é conhecida por fazer modelos mais simples, sem muitos aparatos tecnológicos ou sistemas elaborados. O novo SUV, aparentemente, quer quebrar esse paradigma, e mais alguns outros. Aguardemos… 

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