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Guarda municipal preso por estupro é denunciado em novo caso envolvendo criança de 8 anos

Mãe da vítima denunciou o homem de 54 anos na tarde desta terça-feira (10)

Rubson Alves / TV Equinócio

Um novo caso – agora de estupro de vulnerável – foi registrado contra o guarda municipal detido no domingo (8) em flagrante por abusar sexualmente da sobrinha, de 14 anos, em Macapá. (link) . A mãe da vítima, uma criança de 8 anos de idade, foi quem procurou uma unidade da Polícia Civil para denunciar o homem de 54 anos, que teve a prisão em flagrante convertida em preventiva durante audiência de custódia.

De acordo com a delegada Clívia Valente, titular da Delegacia Especializada em Crimes contra a Criança e Adolescente (Dercca), ainda não é possível dizer qual o grau de proximidade entre vítima e acusado, mas a criança foi acolhida e passará por exames, enquanto a mãe será ouvida nos próximos dias.

“Não sabemos. Mas pelo relato da mãe, havia proximidade. Na audiência com a mãe é que vamos tomar ciência do grau dessa proximidade e em qual momento ele tinha acesso a essa criança. Assim, saberemos quando ocorreram os hábitos libidinosos, que configuram o estupro de vulnerável”, disse a delegada em entrevista à TV Equinócio.

Pela idade e para evitar a revitimização, processo onde a vítima revive a experiência ou constrangimento desnecessário por sofrimento adicional, a criança será ouvida em um único momento, durante depoimento especial ao judiciário.

Questionada sobre a possibilidade do homem ter feito mais vítimas, a delegada disse acreditar ser possível, uma vez que, em muitos casos, a pessoa violentada nem percebe que está sendo abusada. A delegada ressaltou ainda a importância do trabalho realizado pela Rede de Proteção à Criança em escolas, o que estimula nas vítimas a percepção e a coragem para entender e realizar a denúncia a alguém mais próximo.

“Ela se sente incomodada, mas não tem entendimento e conteúdo psicológico para isso. Então, a partir da temática trabalhada nas escolas, muitas crianças passam a perceber que elas são vítimas e conseguem relatar aos familiares, como foi o caso mais recente”, concluiu.

A delegada aproveitou a oportunidade para deixar uma alerta a respeito da omissão de responsáveis, que têm ciência do abuso, mas não levam o caso ao conhecimento das autoridades.

“Muitos sinais são dados e, às vezes, a família não quer enxergar por se tratar de alguém próximo ou que mantém a casa. E eu faço esse alerta porque, aquele que se omite, sendo o responsável da criança, também vai responder pelo crime estupro. Temos vários inquéritos onde estamos indiciado pai, mãe, tio, avó. Pessoas que tiveram conhecimento e não registraram a ocorrência, deixando o caso se estender”.

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