Hamas ataca território de Israel com foguetes
Grupo Extremista disse ter lançado uma série de foguetes contra Israel, em resposta às operações militares na Faixa de Gaza

O Hamas afirma ter atacado o território de Israel com uma série de foguetes, em resposta ao que chamou de “massacres” contra civis na Faixa de Gaza. A operação foi anunciada pelo braço militar do grupo neste domingo (6).
Cessar-fogo quebrado
- Em 19 de janeiro, Israel e Hamas iniciaram um cessar-fogo após mediação do Catar, Estados Unidos e Egito. O plano de paz foi dividido em três partes.
- Na primeira delas, 33 reféns israelenses foram libertados pelo Hamas, em troca de cerca de 1,9 mil prisioneiros palestinos.
- A segunda etapa do cessar-fogo passaria a ser negociada a partir de março, depois da conclusão da primeira fase.
- O governo de Israel, contudo, não cumpriu o que já havia sido acordado e exigiu uma extensão da primeira fase do cessar-fogo, assim como a libertação de todos os reféns que ainda estão em Gaza.
- Na segunda fase estava prevista a retirada de tropas israelenses do enclave palestino. O que, na prática, significaria o fim de operações israelenses em Gaza.
- Ao invés disso, a administração de Benjamin Netanyahu dobrou a aposta e retomou os ataques em Gaza, com o objetivo de destruir o Hamas.
Segundo o grupo, a cidade de Ashdod, a quinta maior de Israel, foi o alvo dos bombardeios.
“As Brigadas Qassam bombardearam a cidade ocupada de Ashdod com uma saraivada de foguetes em resposta aos massacres sionistas contra civis”, disse o grupo extremista.
Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram que a cidade de Lakhish também foi atacada, com projéteis lançados a partir da Faixa de Gaza. A maioria deles, de acordo com os militares, foram interceptados. Até o momento não há informações sobre possíveis vítimas.
O ataque do Hamas contra o território israelense surge em meio ao aumento da violência na Faixa de Gaza. Em 18 de março, o governo de Benjamin Netanyahu quebrou o cessar-fogo com o grupo extremista, e ordenou a retomada de ataques contra o território palestino.
De acordo com o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, mais de 1,3 mil pessoas morreram desde então. O número total de mortos desde o início da guerra ultrapassa 50 mil.