Exposição Mulheres da Amazônia continua aberta ao público até 31 de março
Mostra de artes plásticas, traz obras de doze mulheres, celebrando em cores, texturas e formas, memórias afetivas e a resistência feminina no mundo artístico

A vernissage da 2ª edição da exposição Mulheres da Amazônia ocorreu na última terça-feira (18), e segue aberta para visitação até o dia 31 de março.
A abertura do evento reuniu artistas e visitantes que se encantaram com a técnica, formas, texturas e cores das 36 obras de artes expostas no hall de um Shopping no centro da cidade.

Projetos como este inspiram pessoas e fomentam a produção e difusão das artes plásticas. Além de impulsionar a comercialização das obras, também revelam novos artistas, novas visões da cena, tornando essa arte, cada vez mais, uma realidade cultural no estado.
Para a artista visual Antoniele Xavier, que trabalha em suas obras, com materiais híbridos, não tão convencionais, a mostra abraça todas essas formas.
“Eu sempre trabalhei com materiais diversificados, tanto nas artes plásticas, quanto nas artes visuais. O que move as minhas criações são temas como as memórias, o tempo, e também tem muito sobre a minha pesquisa em poética líquida”, disse a artista.
Antoniele ainda falou sobre a sua obra “Bailarina”, umas das peças na exposição, que reflete muito a própria força e a destreza da mulher.

“A composição dessa obra tem muito a ver comigo mesma. Remete ao equilíbrio e à força, porque normalmente, as pessoas quando veem a figura da bailarina pensam em leveza ‘Parece uma pluma flutuando’, e nessa sensação de leveza transmitida ao público, há muita força do corpo envolvida, assim como acontece com a maioria de nós em nossa vida cotidiana”, ressaltou.
Já numa vibração mais amazônida, a artista Adriane Corrêa, fala de sua obra intitulada “Abrigo”, que conta parte da história de sua vida e de seus familiares na ilha Caviana, na cidade de Chaves, interior do Pará.

“Nesta obra estão as memórias afetivas da minha infância, dos banhos de rio, das caminhadas pela mata, do cheiro da floresta. Me inspirei na imagem da irmã caçula para o rosto da mulher nesta tela, porque ela é uma inspiração para mim, como uma pessoa de enfrentamento, de luta e resistência. Ela representa a visualidade da mulher da Amazônia, e a genética da nossa família”, explicou a autora de “Abrigo”.
Essas conexões humanas com a floresta, é viva em praticamente todas as obras da exposição.
A professora de artes Grázia Brito, tem 26 anos de carreira nas artes plásticas. Iniciou como gravurista e depois passou a trabalhar com as tintas, ilustrando e ensinando desenho e pintura. Passou a expor suas telas em espaços culturais, tendo uma boa aceitação pública.
Ela destaca características psicológicas de suas obras, trazendo temas sobre as aflições sociais, como a tristeza e a ansiedade. Por outro lado, traz uma conexão com a natureza, mas sempre ligada aos sentimentos e comportamentos da sociedade.

“A arte é uma forma da gente expressar as nossas emoções. E essa exposição é muito importante, principalmente por ser de um grupo de artistas mulheres, que está buscando visibilidade, numa cena que antes, era mais dos homens, e hoje estamos inseridas quase que, igualmente, em todos os espaços culturais”, finaliza Grázia Brito.
As obras na Mostra são das artistas plásticas Adriane Corrêa, Antoniele Xavier, Grázia Brito, Graça Andritson, Jyjy Nunes, Laurine Campelo, Piedade Miranda, Rosiani Olivia, Walkíria Monteiro, Socorro Santos, Sun Sophie, Bru Sousa.
Mais sobre o Coletivo
Mulheres da Amazônia existe desde 2024, e reúne 15 artistas das artes plásticas. A maioria, professoras da Escola de Artes Cândido Portinari, em Macapá, no Amapá.

Serviço
Exposição Mulheres da Amazônia
Data: de até 31 de março | de 10h às 22h
Endereço: Shopping Macapá – Rua Leopoldo Machado, 2334 – Trem – Piso L3
- Atendimento à imprensa: Mary Paes (96) 99179-4950