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Venezuela: regime Maduro faz nova ameaça contra a Guiana

Governo de Nicolás Maduro voltou a ameaçar a Guiana para anexar Essequibo à Venezuela

Meses após promulgar uma lei para anexar Essequibo, o regime de Nicolás Maduro voltou a ameaçar a Guiana, onde está localizado o território em disputa. Em um comunicado, o governo venezuelano afirmou que a luta para retomar a região segue sendo uma causa “indeclinável”.

Anexação de Essequibo

  • Desde 2023, Maduro tem alimentado tensão com o governo da Guiana.
  • No país está localizado a região de Essequibo, que ocupa dois terços do território do país e é reivindicada pelo regime de Maduro.
  • Em abril de 2024, Maduro assinou uma lei que anexa Essequibo, rica em recursos naturais, à Venezuela. Na prática, nada mudou até o momento.
  • Contudo, uma possível incursão militar venezuelana contra a Guiana poderia envolver diretamente o Brasil. Isso porque o único caminho por terra entre os dois países passa pelo território brasileiro.

Na declaração, o governo chavista lembrou o aniversário de assinatura do Acordo de Genebra de 1966, entre Venezuela e Reino Unido, onde ficou estabelecido que ambas as partes negociariam a disputa por vias diplomáticas. Meses depois, a Guiana se tornou independente, mas aderiu ao pacto, que até agora não teve avanços significativos.

“Há 59 anos da assinatura e vigência do Acordo de Genebra, Guiana está obrigada a sentar-se e negociar imediatamente, sem mais demoras”, disse o regime Maduro. “Os direitos históricos da Venezuela e sua propriedade sobre a Guiana Essequiba são irrefutáveis e irrenunciáveis. O Acordo de Genebra é a única via estabelecida e acordada entre as partes para resolver essa controvérsia territorial”.

O governo da Venezuela voltou a acusar o governo da Guiana de permitir que empresas estrangeiras, como a gigante do gás ExxonMobil, explorem os recursos do país. Além disso, o regime Maduro afirma que a administração guianense ameaçam a segurança da região, por ter a intenção de liberar bases militares dos Estados Unidos em seu território.

Até o momento, o governo da Guiana ainda não se pronunciou sobre as declarações do governo chavista. Dias antes, contudo, o chefe das forças armadas do país, brigadeiro Omar Khan, afirmou que suas tropas estão prontas para defender o país de um “vizinho cada vez mais instável”, se referindo indiretamente à Venezuela.

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