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Gaza precisará de 10 anos para limpar explosivos em terrenos minados

Análise da ONU revela que dispositivos estão enterrados sob 42 milhões de toneladas de escombros

Desde o início do cessar-fogo em Gaza, no último domingo (19/1), houve um expressivo aumento da entrada de ajuda, permitindo melhoras na resposta humanitária, reparos na infraestrutura e distribuição de combustível.

O Escritório da Organização das Nações Unidas (ONU) de Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, afirmou que algumas prioridades neste momento são o manejo de escombros, a recuperação de corpos e o combate à contaminação por material bélico explosivo.

Expectativa com fim permanente da morte, destruição e privação

Essas medidas são consideradas fundamentais para permitir a movimentação segura da população, o fluxo de assistência e o restabelecimento de serviços essenciais.

Para o chefe do Ocha no Território Palestino Ocupado este “frágil cessar-fogo” precisa durar. Jonathan Whittall afirmou que “o sucesso deste acordo será medido pelo fim permanente da morte, destruição e privação”.

Especialistas da ONU afirmam que os elevados níveis de contaminação por explosivos é um problema que só será resolvido em um prazo de 10 anos, caso haja apoio financeiro internacional.

Essas munições não detonadas estão enterradas sob mais de 42 milhões de toneladas de escombros, criados pela destruição de edifícios e estradas e outras construções, que por sua vez contém amianto e outros contaminantes perigosos.

Separação forçada traumatizou crianças

O Ocha também ressalta o padrão traumático da separação forçada de crianças e famílias em Gaza e a necessidade de continuar localizando menores não acompanhados.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) informou que crianças e famílias estão encontrando “destruição total e ao colapso das infraestruturas” ao se depararem com as casas que tiveram que abandonar no norte de Gaza.

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