Encontro dos Tambores terá representatividade de segmentos, cultura, tradição e manifestações afro
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De 14 até 26 de novembro, em Macapá, acontecem as celebrações do Mês da Consciência Negra – 29º Encontro dos Tambores, e uma programação diversificada, voltada para a conscientização, manifestações de costumes, cultura e tradições afros, e orgulho da resistência dos povos negros acontecerá no Centro de Cultura Negra Raimundinha Ramos (CCNA), no bairro Laguinho.
A União dos Negros do Amapá (UNA) é a responsável pela programação, sob a condução da coordenadora-geral Cristina Almeida.
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Com tema “No Meio do Mundo Com os Tambores de Todo o Mundo”, o evento terá apresentações e exposições de segmentos e tradições que descendem da cultura africana e influenciaram na dança, arte, culinária, música, expressões corporais, literatura, poesia, entre outros.
Homenagens, capacitações, caminhada, palestras, atendimento de saúde, shows com artistas locais e nacional, também estão programados.
Algumas inovações foram acrescentadas em 2024, como a participação do vominê, de Mazagão, de rezadores de ladainha, dos tambores de povos indígenas do Amapá, e a realização da Gincana Escolar e Corrida da Consciência Negra.
Para dançar, ouvir ler e orar
As mais fortes manifestações da dança afro, marabaixo, batuque, zimba, tambor de crioula e sairé trazem ao CCNA, 44 grupos de comunidades e famílias tradicionais. Eles se apresentam todos os dias, no palco, nas atividades de conscientização, mesas de diálogo e oficinas.
“A proposta é que nossas danças sejam apreciadas por todos que participem das programações, seja no CCNA, nas escolas ou outros espaços, não somente no palco. Buscamos com isso democratizar a cultura e valorizar todos os grupos”, disse Cristina Almeida.
Em 2024 completa 50 anos de capoeira no Amapá, e a comemoração será durante o Encontro dos Tambores, com uma berimbalada, que vai reunir berimbaus de todos os grupos, um total de 25, de Macapá e Santana.
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O segmento hip-hop, reggae e samba, também estão na programação, com shows e apresentações de suas artes e elementos. E no espaço das religiões de matriz africana e no anfiteatro do CCNA, pais, mães e filhos de santo de 30 terreiros manifestam sua fé e religiosidade.
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O segmento literário ganhou espaço neste ano, e escritores negros e os que escrevem sobre a temática afro, estarão todos os dias no Corredor Literário, onde haverá intervenções poéticas, exposição, palestras, rodas de conversa e comercialização de livros. No Museu do Negro haverá exposição de artes plásticas e visuais.
E na área externa do CCNA, destinada ao afroempreendedorismo, será feita a comercialização e exposição de artesanato regional e da gastronomia afro que será resgatada pela Abrasel, além de dois dias para atendimento médico e odontológico.
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A Missa dos Quilombos, momento inter-religioso, será no dia 20, Dia de Zumbi dos Palmares, com a celebração de ritos do catolicismo e de cultos afro, selando a união e respeito entre os povos. Neste ano a missa terá a participação do projeto Mulher Preta na Percussão, com mais de 60 percussionistas que foram capacitadas pela UNA, e também do Embaixador do Marabaixo, Carlinhos Brown.
Para a coordenação da UNA, as novidades irão contribuir para a valorização de mais tradições, atraem público novo, e marcam o momento de resgate da entidade e do CCNA.
“A UNA e o CCNA são resultado de muita luta e suor dos negros do Amapá, que conquistaram não somente estes dois legados, mas deram visibilidade a este movimento e começaram a escrever nossa história, que continuamos até hoje. Nossa luta continua por respeito, contra o preconceito e intolerância, por valorização, e neste mês de novembro, chamamos todos para conhecerem nossa cultura e participarem de nossas manifestações”.
Abertura
A abertura será dia 14, às 18h, com o ritual “Adurã ni Orixás” e o espetáculo “Ritmos do meio do Mundo”, mostrando a diversidade na dança e sons influenciados pelos tambores, e uma homenagem à arvore baobá, que tem significado histórico e sagrado na cultura africana.
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Mulher Preta na Percussão também estará na abertura, antes do rufar dos tambores, que marca a união e força do instrumento. Mina Nagô e a dança dos tambores do Palikur Arukwayene, são as apresentações que antecedem o show de encerramento, que será com o show Costa Norte.
Para a realização do Encontro dos Tambores, a UNA conta com o apoio do Sebrae/AP, Abrasel, vereador Dudu Tavares, Instituto Amazônia Criativa, Coletivo Amazonizando, IPHAN, Banco da Amizade, Duas Telas Produções, INCRA, ALAP, Rocha Tecidos, Rede Amazônica, D. A. Eventos, DSEI.