Artigo

Hiram Abiff – O administrador das pedreiras

Autor: M.:.M.:. EDISON ROBERTO FONSECA FRAZÃO

GLOMAP LOJA RENASCENÇA AMAPAENSE № 06

A moderna administração surgiu no início do século passado, quando dois engenheiros publicaram suas experiências. Um era americano Frederick Winston Taylor, que veio a desenvolver a Escola de Administração Científica. O outro era francês, Henry Fayol, que veio a desenvolver a chamada Escola Clássica de Administração.

Há autores que consideram a Administração uma área interdisciplinar do conhecimento, uma vez que se utilizar de métodos e saberes de diversas ciências, como Contabilidade, Direito, Economia, Filosofia, Psicologia, Sociologia etc.

Traçando um paralelo epistemológico com esta corrente de pensadores, podemos afirmar que em tempos remotos nosso irmão Hiram Abiff tinha perfeita condição de atender todos esses pré requisitos.

As escrituras nos contam que o Rei Salomão desejoso de cumprir a promessa que seu pai assumiu perante ao Senhor, dirigiu-se ao Rei Hiram de Tiro, cidade famosa pelas habilidades de seus mestres arquitetos, com os seguintes termos:

“De: Salomão Rei de Israel à Hiram Rei de Tiro: Saudações; assim como fizeste com meu Pai Davi, e lhe enviaste cedros para edificar uma casa em que habitasse, assim fareis comigo. Eis que edifico uma casa ao nome do Senhor meu Deus, para lhe consagrar, e para queimar perante ele incenso aromático, e para depositar ali os pães de proposição, e para os holocaustos da manhã e da tarde, nos sábados e nas luas novas e nas festas solenes do Senhor nosso Deus.

Esta é uma ordenança perpétua para Israel, e grande é a casa que eu edificarei; porque grande é o nosso Deus acima de todos os Deuses. Mas quem é capaz de construir uma casa para ele, visto que, o céu dos céus não pode contê-lo? Quem sou eu, então, para construir uma casa para Ele, exceto para queimar sacrifícios diante dele?

Envia-me, pois, um homem que pode trabalhar em ouro, e em prata, e em bronze, e em ferro, e em púrpura, e em carmesim, e em azul, que saiba construir com os homens hábeis que estão comigo em Jerusalém, que meu pai Davi proveu.

Manda-me também cedros e abetos do Líbano; pois sei que meus servos estarão com os teus servos, para me prepararem madeiras em abundância; pois a casa que estou para construir será maravilhosamente grande. E eis que darei aos teus servos, os cortadores de madeira, vinte mil coros de trigo batido, vinte mil coros de cevada, vinte mil batos de vinhos e construir vinte mil batos de azeite.

E os senhores de Tiro, que vierem e ajudarem na casa que estou prestes a construir, darei salários abundantes, juntamente com os melhores presentes, como recompensa por sua habilidade. E a ti, ó poderoso Rei de Tiro, darei como sinal de minha apreciação por teus serviços, vinte cidades fluorescentes na Galileia”   

Conforme explicitado na correspondência real, o candidato deveria ser dotado de várias experiências técnicas e cognitivas, que se comparadas com as funções de planejamento, organização, direção e controle das áreas de conhecimento dos precursores da ciência administrativa colocariam o currículo do indicado em vantagem com os demais concorrentes.

Com todos esses pressupostos técnicos solicitados pelo ilustre demandante e Hiram de Tiro conhecendo seus hábeis mestres construtores, não teve muita dificuldade em submeter o nome do “Filho da Viúva” para tal empreitada, sendo de pronto referendado pelo seu Conselho de Artífices, ainda que o indicado não tivesse nacionalidade Tiriana, sendo enviado com o seguinte currículo ao postulante Real:

“Saudações; porque o senhor amou seu povo, e Ele te fez Rei sobre eles. Bendito seja o Senhor Deus de Israel, que fez o céu e a terra, que deu ao Rei Davi um filho dotado de prudência e entendimento, que edificaria uma casa para o Senhor e uma casa para o seu reino. Envio-lhe um homem astuto e dotado de entendimento; Hiram é seu nome, hábil para trabalhar em ouro e em prata, em bronze, em ferro, em pedra e em madeira, em púrpura, em azul, em linho e em carmesim: também para gravar qualquer tipo de gravura e desenvolver todos os artifícios que lhe forem propostos. Agora, pois, o trigo e a cevada, o azeite e o vinho, de meu Senhor falou, mande-os através de seus servos. Cortaremos madeira do Libano, tanto quanto precisares, e a traremos em balsas pelo mar até Jopa e a levaremos a Jerusalém”.

Diante de todos esses esforços de parte da comitiva encarregada de implementar as edificações reais, experimentou do mal que carrega o ser humano ganancioso invejoso, infelicitando seu mestre operativo emboscado que foi por companheiros ávidos em obter as palavras técnicas do mestre, antes do termino da construção, que lhes possibilitariam viajar o mundo em busca de sustento para suas famílias.

Até hoje é possível contemplar a beleza da obra que posteriormente foi terminada e consagrada ao Senhor Eterno Deus, com monumentos erigidos em honra ao mestre que fez do seu exemplo as diretrizes mestras para o delineamento da franco-maçonaria.

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