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Com esconderijos, recompensas e reféns, veja a cronologia da fuga de 50 dias do presídio de Mossoró

Rogério Mendonça e Deibson Nascimento foram encontrados nessa quinta em Marabá (PA), a cerca de 1.600km da penitenciária

Após 50 dias de buscas, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal recapturaram os dois homens que haviam fugido da penitenciária federal de Mossoró (RN). Rogério Mendonça, 35 anos, e Deibson Nascimento, 33 anos, foram encontrados nesta quinta-feira (4), em Marabá (PA), enquanto se preparavam para sair do país. A fuga aconteceu em 14 de fevereiro e foi a primeira desde a implementação do Sistema Penitenciário Federal no Brasil, em 2006.

A operação de recaptura dos fugitivos gerou um custo de pelo menos R$ 2,5 milhões para os cofres públicos, contando com uma megaestrutura que envolveu mais de 500 agentes de diversas forças de segurança, incluindo policiais militares, civis, federais e rodoviários federais.

Ao anunciar as recapturas, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, afirmou que os fugitivos voltarão para a Penitenciária de Mossoró e que o presídio teve os equipamentos de segurança reformulados.

Lewandowski também classificou a recaptura como “uma vitória do Estado e das forças de segurança” e uma demonstração de que “o crime organizado em nosso país não será bem sucedido”.

50 dias de busca

Durante as operações, as buscas foram concentradas nas cidades de Mossoró e Baraúna, localizadas na região onde está o presídio e que fazem divisa com o Ceará.

Em diversas ocasiões, os fugitivos invadiram residências e até mesmo mantiveram uma família como refém. Na ocasião, eles ficaram na casa da família por cerca de quatro horas, pediram comida e roubaram um celular. Em seguida, teriam deixado o local.

A investigação da Polícia Federal também revelou que uma facção criminosa esteve diretamente envolvida no auxílio à fuga dos fugitivos, chegando ao ponto de pagar R$ 5 mil ao proprietário de um sítio para que ele permitisse que os criminosos se escondessem na propriedade, no município de Baraúna.

Quem são os presos recapturados

Deibson e Rogério entraram para a história como os primeiros detentos a fugir de uma prisão de segurança máxima no sistema prisional federal.

Segundo investigações do Ministério Público, eles têm ligações com o Comando Vermelho (CV) no Acre. Juntos, acumulam penas que somam 155 anos de prisão. As fichas criminais deles incluem delitos como tráfico de drogas, roubo, assalto à mão armada, homicídio e latrocínio.

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