Extremo Norte

Destino: Arquipélago de Bailique

Uma viagem pelo grande rio Amazonas à costa do Amapá

Embarcar e deixar o tempo passar é o que espera quem se aventura conhecer o Arquipélago de Bailique ou, quem sabe, dar aquela olhada lá do espaço como fez o cosmonauta russo, Oleg Artemiev, quando filmou a Amazônia brasileira dando um zoom no Arquipélago mostrando toda a dinâmica da geografia local.

Saindo de Macapá pelo rio Amazonas leva entre 6 a 12 horas, de pura adrenalina e contemplação da imensidão entre o continente e as ilhas que surgem ao longe, o rio Amazonas, só não se confunde com o Oceano Atlântico em alguns trechos, pela peculiaridade de suas águas cor de “chocolate” tonalidade provocada pelos sedimentos arrastados em seu percurso de quase 7 mil quilômetros, desde as Cordilheiras dos Andes, onde nasce há 5 mil metros de altitude desembocando no delta onde Macapá está localizada.

O tempo de viagem é o que menos importa ao visitante, depois da explosão de euforia do início da viagem, ver Macapá ficando pra traz e sentindo um misto de sons, aromas trazidos pela brisa ou vento forte e até chuvas torrenciais, desconectam o viajante que passa a interagir com a realidade da natureza em seu estado puro: água, ar, sol e o verde avistado nas ilhas e nas matas ciliares do continente que acompanham a viagem do início ao fim.

A troca de olhares, mesmo que distante, entre o povo ribeirinho em suas canoas, catraios ou lanchas, e o viajante, é cena que marca nas proximidades das comunidades que formam o distrito de Bailique pertencente à Macapá, as embarcações são os únicos meios de transporte.

Não fosse os problemas como, o acelerado processo de salinização das águas e fenômenos como “as terras caídas”, poder-se-ia dizer que Bailique “Dubai” como é carinhosamente chamado, é um arquipélago 100% incrível, com algumas de suas muitas comunidades de frente para o oceano, mas, fenômenos como estes ocorrem ao redor do mundo, como, no nordeste brasileiro, onde vilas inteiras de pescadores são “engolidas” pelo avanço do mar, vem deixando seus quase 7 mil habitantes preocupados, muitos, partindo para outros locais em busca de segurança para fixar moradia.

Fica-se na torcida para solução da escassez da água potável, mais estrutura para as comunidades que permanecem e, que o fenômeno das terras caídas cesse, pois é um lugar onde a natureza não deixa de ser espetacular, com povo acolhedor.

O arquipélago é formado por 8 ilhas: Bailique, Brigue, Curuá, Faustino, Franco, Igarapé do Meio, Marinheiro e Parazinho e cerca de 40 comunidades com uma população estimada de 7 mil moradores há 160 km de Macapá, tão perto e tão longe…

Sem dúvida, vele a pena conhecer o Arquipélago de Bailique, na costa do Amapá, em frente ao oceano Atlântico.

Por Marly Tavares
Foto: Abel Neto, Jair Maciel e (Oleg Artemiev – via Instagram: https://www.instagram.com/reel/Cho8eTqDynL/?igsh=bW15bmtoOWd1NjBq)

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