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Vacina de mRNA traz esperança para tratamento do câncer

Uma vacinação terapêutica pode ajudar o sistema imunológico a reconhecer e eliminar um tumor, prevenindo eventuais recidivas

Ainda não existe uma vacina contra o câncer, e sim contra infecções capazes de levar ao desenvolvimento de determinados tipos de tumor. É o caso, por exemplo, do perigoso câncer do colo do útero. Por trás desta doença grave está o Vírus do Papiloma Humano (HPV), e existe uma vacina contra ele. A mera existência dela pode ser considerada um grande avanço.

Essa vacinação preventiva existe desde o início dos anos 2000 e protege contra infecções do HPV de alto risco. A infecção em si não provoca câncer, mas se o vírus se implanta permanentemente nas células da membrana mucosa, pode acabar desencadeando estágios pré-cancerígenos.

Outro exemplo de vacina preventiva é contra o vírus da hepatite B, que protege contra tumores no fígado que podem se desenvolver a partir de uma hepatite B crônica.

Segundo dados do Serviço de Informação sobre o Câncer da Alemanha, cerca de 4% de todos casos de câncer em nações industrializadas são atribuídos a infecções por vírus ou bactérias. Nos países em desenvolvimento, a proporção é ainda maior.

Vacinações terapêuticas

Além destas duas vacinas preventivas recomendadas, existem vacinas terapêuticas que vêm sendo analisadas intensivamente. Com elas, é possível tratar um câncer existente. Neste caso, vacinas de mRNA podem treinar o sistema imunológico, por exemplo, para o combate de células cancerosas, ensinando-o a reconhecê-las e eliminá-las de forma rápida e individual. E isso com efeitos colaterais mínimos. Para tanto, porém, é necessário preencher alguns pré-requisitos.

“No ponto em que a ciência se encontra atualmente, vacinas de mRNA são principalmente uma opção quando o tecido tumoral já tiver sido amplamente removido do corpo através de uma operação, por exemplo. Então, com uma vacina de mRNA em combinação com outros ingredientes ativos, tem-se uma melhor chance de eliminar as células cancerosas que eventualmente tenham permanecido no corpo e que possam levar a uma recidiva”, explica Suzanne Weg-Remers, do Serviço de Informação sobre o Câncer.

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