Diniz coroa estilo ‘Dinizista’ e conquista primeiro grande título da carreira
Trabalho realizado no Fluminense fez o treinador assumir interinamente a seleção brasileira
Fernando Diniz precisava de um título de peso para afastar a desconfiança sobre um estilo de jogo que divide os torcedores. A tão sonhada e buscada conquista veio neste sábado (4).
Ao levar a melhor sobre o Boca Juniors, da Argentina, no Maracanã, o Fluminense se sagrou campeão da Copa Libertadores e coroou o trabalho realizado pelo treinador, de 49 anos.
Antes, Fernando Diniz tinha em seu currículo apenas títulos estaduais: duas Copas Paulistas (por Votoraty, em 2009, e Paulista de Jundiaí, em 2010, uma Série A3 de Paulista (pelo Votoraty, em 2009) e um Carioca (pelo Fluminense, em 2023).
Em 2020, o treinador “bateu na trave” de conquistar um título de expressão com o São Paulo. Na época, o Tricolor liderou o Brasileirão durante boa parte do campeonato, mas perdeu o fôlego na reta final e terminou apenas na sexta colocação.
Na sequência, os números no comando de Santos e Vasco da Gama colocaram em xeque o estilo de jogo adotado por Fernando Diniz. No Fluminense desde o início do ano passado, o treinador deu a volta por cima e se firmou como um dos principais profissionais do futebol brasileiro.
Não é à toa que Fernando Diniz recebeu um convite da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para assumir interinamente a seleção brasileira até a chegada do italiano Carlo Ancelotti, conciliando com o trabalho no Fluminense.
- Marcelo entra para lista dos ganhadores da Libertadores e Champions League
O lateral Marcelo entrou para uma seleta lista do futebol mundial após o Fluminense vencer o Boca Juniors neste sábado (4) e conquistar sua primeira Libertadores da história. Ao conquistar o torneio, o jogador se tornou mais um dos que venceram a Champions League e também a Copa Libertadores.
No Real Madrid, Marcelo foi campeão de cinco Champions League e com a conquista da Libertadores chegou ao seu sexto título continental, passando a figurar em uma lista com grandes nomes do futebol mundial.
Além do lateral, Sorín, Santiago Solari, Dida, Roque Junior, Cafu, Tévez, Walter Samuel, Ronaldinho Gaúcho, Neymar, Danilo, Rafinha, Ramires, David Luiz e Julián Álvarez aparecem na lista. Ainda que Sorín, Ramires e Solari tenham ressalvas.
Com o troféu, Marcelo chegou à marca do 30º título da carreira. Ao todo, o lateral é detentor de uma Libertadores (2023), dois Cariocas (2005 e 2013), quatro Mundiais (2014, 2016, 2017 e 2018, três Supercopas da Uefa (2014, 2016 e 2017), cinco Champions (2013-14, 2015-16, 2016-17, 2017-18 e 2021-22), seis La Liga (2006-07, 2007-08, 2011-12, 2016-17, 2019-20 e 2021-22), duas Copas do Rei (2010-11 e 2013-14) e cinco Supercopas da Espanha (2008, 2012, 2017, 2019-20 e 2021-22). Além disso, Copa das Confederações (2013) e Sul-Americano Sub-17 (2005).
- Previsão
“Você vai fazer o gol do título”; Foi assim que Fernando Diniz motivou John Kennedy antes da entrada do camisa 9 em campo, na reta final da decisão. E o atacante, cria de Xerém, fez das palavras do treinador uma realidade ao afundar a rede do goleiro Romero, já na prorrogação, no gol que deu o título da Libertadores ao Fluminense, pela primeira vez em sua história, em cima do Boca Juniors, neste sábado (4), no Maracanã, pelo placar de 2 a 1.
- Jogo
O jogo começou bastante disputado por ambas as equipes, que tentavam encontrar os lados mais frágeis do adversário para ir chegando. Apesar disso, o Boca deixava muitos espaços na marcação, facilitando a vida do Fluminense.
Com isso, o Tricolor das Laranjeiras dominou o primeiro tempo e foi mais efetivo, tanto que, aos 35′, Germán Cano acertou um belíssimo chute e abriu o placar para o time carioca.
O Boca Juniors até tentou sair mais para o jogo e levar perigo ao gol do Tricolor, mas a defesa, muito bem montada, evitava a chegada dos xeneizes.
O Boca voltou querendo empatar o jogo e chegando bastante na área do Fluminense, mas a defesa evitava o gol xeneize. O Azul y Oro arriscava muito de fora da área para surpreender Fábio.
Apesar disso, o Fluminense ia conseguindo controlar as ações e segurar o resultado favorável. Aos 16′, Arias reclamou de pênalti após ser puxado por Fabra dentro da área, mas o árbitro mandou o jogo seguir.
A pressão do Boca deu certo e, aos 26′, Advincula empatou o jogo no Maracanã. O lateral recebeu de Medina e chutou de esquerda, acertando um belo chute e marcando um golaço para empatar o jogo.
O Fluminense ainda teve uma grande chance com Diego Barbosa, que, livre, finalizou para fora, evitando a vitória do Tricolor no tempo regulamentar.
O Boca dominou o primeiro tempo e ia administrando a bola, sem deixar o Fluminense crescer no jogo.
Até que, aos 98′, John Kennedy recebeu de Keno e mandou uma bomba para o fundo da rede do Boca Juniors, sem chance para Romero. Na comemoração, o jogador foi para a torcida e demorou a retornar ao gramado, recebendo o segundo amarelo e sendo expulso de campo.
Nos minutos finais, jogadores do Boca pediram toque de mão do jogador do Fluminense. Na confusão, Fabra acertou um tapa na cara de Nino. Após muita reclamação e confusão, o VAR recomendou o cartão vermelho ao árbitro, que expulsou o lateral do Boca Juniors.
Na segunda etapa dos minutos extras, o Boca seguiu pressionando, querendo o gol do empate, mas o Fluminense seguia bastante firme na defesa.
O Fluminense teve uma grande oportunidade com Guga aos 114′, mas o jogador acertou a trave — era para ser o terceiro do Tricolor.
No entanto, a história já estava escrita, a noite realmente era do Fluminense, e com gols de Cano e John Kennedy o Tricolor Carioca conquistou a América pela primeira vez.