Cultura

Museu Afro Amazônico: símbolo de fortalecimento na luta pela igualdade racial no Estado

Contar a história que ninguém quis contar. É assim que Padre Paulo Roberto, homem negro que carrega no sangue a ancestralidade do povo que foi escravizado, descreve a intenção de homenagear e fazer um resgate da cultura afro no Amapá.

Ele reuniu mais de 600 objetos antigos, entre peças de artesanato raríssimas e obras de arte das principais personalidades representativas dessa resistência, e criou o Museu Afro Amazônico. Inaugurado em maio deste ano, o espaço é um símbolo de fortalecimento na luta pela igualdade racial no Estado.

O museu recebeu o nome de Josefa Pereira Lau, marabaixeira da região de Mazagão, conhecida carinhosamente como “Zefinha”. No lugar, também encontramos a relação do povo negro com o sincretismo religioso e a preservação da maior manifestação cultural do estado, o Marabaixo.

O Museu Afro Amazônico é o primeiro do Estado dedicado especialmente a fazer um resgate da memória do povo negro do Amapá. Isso levou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional a selecionar esse memorial para participar de uma premiação que incentiva a preservação da cultura afro no país.

O espaço é aberto ao público e está localizado no complexo do Instituto do Câncer Joel Magalhães, no bairro Santa Rita. Padre Paulo explica que um dos principais objetivos do museu é passar a mensagem do combate ao preconceito e fazer com que as futuras gerações possam respeitar a história do povo negro.

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