Por Marly Tavares
Fotos: Arquivo M.T. N. e Blog Pescas Gerais – Pescas Esportivas (Disponível em:
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No Amapá tem em abundância.
Para os povos ribeirinhos, especialmente do norte do Brasil, o peixe, em suas diferentes espécies, se constituiu como base da alimentação junto com frutos como o açaí, a bacaba, e a farinha de mandioca, uma perfeita combinação que, sustenta gerações ao longo da história.
Um dos sabores apreciados aqui, no extremo norte da Amazônia, no estado do Amapá, que tem sua capital Macapá, localizada às margens (foz) do maior rio do mundo, o gigantesco rio Amazonas com quase 7 mil quilômetros de extensão e ainda possui uma bacia hidrográfica caudalosa e riquíssima, formada por inúmeros rios como:
– O Matapí próximo a capital, o Araguari (foto com os “pescadores” Roney Lopes, San Leal e Nelson Nascimento) onde estão instaladas usinas hidrelétricas, o Amapari que adentra o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque (que abriga a maior floresta tropical preservada do planeta) o Calçoene, importante rio para a pesca em grande escala, o rio Oiapoque, que é fronteiriço entre o Brasil e o território ultra marino Francês (Guiana Francesa), o rio Pedreira de onde foram retiradas (por indígenas e afrodescendentes, povos escravizados à época), pedras para construção da Fortaleza de São Jose de Macapá, uma das Maravilhas do Brasil (que contraste essa história), o rio Tartarugalzinho que faz parte de uma imensa e exuberante (região dos lagos), rio Gurijuba, o Maracapu, o rio Flexal, o rio Amapá Grande, o rio Piririm, o rio Jari, o Vila Nova, o Anauerapucú, dentre outras dezenas de rios com histórias, sui generis, e relevantes para nosso povo.
Nessa imensidão de águas, sua majestade, o Tucunaré, é um dos peixes mais cobiçados, não só por nossa gente, mas por pescadores esportivos, por sua habilidade de “fingir” morder a isca várias vezes antes de ser fisgado, o que exige muita habilidade do pescador para não deixar a linha “bambear” até que o exuberante peixe seja dominado.
Do Tupi, “tucun” que significa árvore, e “aré”, amigo, embora o peixe seja brigão e predador, se alimenta de peixes pequenos, insetos e até camarão, pertence à família Cichlidae, da ordem Perciformes, tem como nome científico Cichla ocellaris e é encontrado nos rios da América do Sul, especialmente no Brasil, abundante no extremo norte.
Formam casais que escolhem áreas de remansos ou galhadas, assim como, pontas espraiadas para construir o ninho e cuidar da grande prole.
Mais de 15 espécies são encontradas nos rios da bacia Amazônica e chegam a medir de 30 a 50 centímetros e, pesar até 8 quilos, com cores e padrões de listras variados, sua característica comum é o corpo alongado, uma cabeça grande e mandíbula protuberante e imponente.