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Covid-19, gripe e bronquiolite: saiba diferenciar os sintomas da síndrome gripal

Os amapaenses enfrentam, atualmente, um surto de síndromes respiratórias que afeta, sobretudo, as crianças de até seis anos. Todo esse cenário é provocado por viroses como a bronquiolite, a gripe e a Covid-19, que podem apresentar complicações e evoluir para um quadro de um quadro de Síndrome Aguda Respiratória (SRAG), por isso, os pais devem ficar atentos.

O Governo do Estado traz dois profissionais de saúde da rede pública amapaense para detalhar os sintomas dessas doenças e como proteger as crianças. Um deles é o enfermeiro epidemiologista Patrício Almeida, da Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS).

Ele explica que a bronquiolite, a gripe e a Covid-19 são todas doenças respiratórias, mas que existem diferenças nos sintomas e na gravidade.

A gripe é provocada pelo vírus influenza. Os sintomas podem incluir febre, tosse, dor de garganta, nariz escorrendo ou entupido, dores no corpo e na cabeça, calafrios, fadiga e, às vezes, vômitos e diarréia. A maioria das pessoas se recupera dentro de uma a duas semanas.

Já a Covid-19 é provocada pelo novo coronavírus. Os sintomas incluem febre, tosse seca, perda de apetite, perda do olfato e paladar, dores no corpo e fadiga. Em casos mais graves, pode causar falta de ar, dor ou pressão no peito, confusão ou perda de consciência.

A bronquiolite é causada pelo vírus sincicial respiratório. É uma infecção comum dos pulmões em crianças pequenas e bebês. Os sintomas incluem nariz escorrendo, tosse, leve febre, chiado no peito e dificuldade para respirar. Ela geralmente começa com sintomas semelhantes aos do resfriado comum.

Em casos graves, a bronquiolite pode levar à insuficiência respiratória porque o inchaço nos pulmões e o muco podem dificultar a respiração. Em casos raros, pode levar a complicações como pneumonia ou até mesmo insuficiência cardíaca.

  • Cuidados

A pediatra do Hospital da Criança e do Adolescente, (HCA), Regiane Barreto, explica que, devido ao período escolar, a transmissão dessas doenças ocorre com maior facilidade entre os pequenos.

Os pais devem ficar atentos a sintomas mais graves, que podem apontar complicações, como febre persistente, tosse intensa, a ponto de deixar a criança “roxa” e dificuldade para respirar, que pode ser observada pelo cansaço e pela observação da musculatura do abdominal. Esses casos devem ser encaminhados imediatamente para a unidade de saúde mais próxima.

Ela destaca que, mais do que nunca, o calendário vacinal dos bebês e das crianças deve estar atualizado. Ela acrescenta que os pais não devem encaminhar os pequenos para a escola, se eles apresentarem sintomas de síndromes gripais.

“Também é importante incentivar a higiene das mãos e uso de máscara em aglomerações. Além disso, as crianças devem estar bem hidratadas e alimentadas, porque assim o organismo responde melhor ao quadro infeccioso”, disse a médica.

O Ministério da Saúde ampliou na última sexta-feira, 12, os públicos que podem receber a vacina contra gripe. Desde segunda-feira, 15, toda a população acima dos 6 meses de idade pode receber a dose do imunizante nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s).

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