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“Ratos d’água” são alvos de operação da Força Tarefa de Segurança Pública no Amapá

Foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira (5) durante a operação ‘Nereus’

Elden Carlos / Editor

A Força Tarefa de Segurança Pública (FTSP) cumpriu seis mandados de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira (5) durante a operação ‘Nereus’, que investiga o furto e roubo de cargas em navios estrangeiros e embarcações ribeirinhas entre os estados do Amapá e Pará. Os crimes vinham sendo praticados reiteradas vezes por ‘ratos d’água’ que foram identificados no curso dos levantamentos feitos em conjunto pelas forças de segurança do estado amapaense.

Segundo informações divulgadas pela Polícia Federal (PF), as ordens judiciais foram cumpridas no bairro Elesbão, Ilha de Santana e Baixada do Ambrósio, no município santanense. As investigações revelaram que os envolvidos tinham como alvo principal a chamada ‘tinta naval’, que eram levadas dessas embarcações pelo grande valor comercial que elas representam. Cerca de 40% das ocorrências registradas informavam o furto ou roubo desse tipo de material.

Os levantamentos da Força Tarefa ocorreram de forma conjunta com a Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis (Conportos). Os criminosos agiam sempre no período noturno e com emprego de pelo menos duas embarcações. Cerca de dez suspeitos já foram identificados. Um deles, inclusive, é investigado por suposta participação no crime de latrocínio do qual foi vítima o velejador neozelandês Peter James Blake, que foi assassinado no dia 5 de dezembro de 2001 dentro do veleiro, ancorado no rio Amazonas, em frente à praia da Fazendinha. Black foi morto após reagir ao assalto promovido pelos ratos d’água. O crime provocou repercussão mundial.

Em uma das ações da quadrilha, registrada no dia 28 de fevereiro deste ano, os criminosos invadiram um navio fundeado também no rio Amazonas, e com bandeira da República do Chipre, rendendo um tripulante que foi amarrado, vendado e amordaçado. Eles conseguiram levar uma grande quantidade de tinta naval que estava a bordo.

Também foi constatado que a organização criminosa mantinha um depósito na Baixada do Ambrósio. Esse local servia para guarda dos produtos roubados e dos equipamentos usados nas ações. A partir das prisões e apreensões poderá haver novos desdobramentos.

Os investigados poderão responder pelos crimes de associação criminosa, roubo e furto qualificado. Se condenados, poderão pegar uma pena de até 28 anos prisão, além do pagamento de multa.

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