Diagro confirma ausência da praga monolíase nas plantações de cacau do estado

O levantamento das inspeções realizadas pelo Governo do Amapá em propriedades rurais confirmou que a praga monolíase do cacaueiro ainda não chegou às plantações do estado, o que mantém o Amapá como área livre da doença.
A monolíase do cacaueiro é causada pelo fungo moniliophthora roreri e atinge pés de cacau e de cupuaçu, podendo causar a perda dos frutos. A doença tende a se espalhar com maior facilidade no período de frutificação.
Nas inspeções, que aconteceram de 27 de março a 1º de abril, os técnicos da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Amapá (Diagro) avaliaram as plantações de cacau e cupuaçu de 21 propriedades das comunidades de Vila Velha do Cassiporé e Igarapé Grande, ambas no município de Oiapoque.
Além de fiscalizar, os técnicos orientaram 56 produtores sobre os riscos de entrada da praga para a produção agrícola e explicaram como o fungo se dissemina. Os agricultores foram instruídos a procurar as autoridades se encontrarem qualquer sinal da doença em suas lavouras.
Após os levantamentos nas áreas de produção, que são feitos desde de 2016, a equipe produz um relatório com todas as atividades desenvolvidas e enviado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), informando sobre a inexistência da doença no Amapá.
- Monolíase do cacaueiro
A monilíase é uma doença extremamente agressiva, que ataca os frutos do cacaueiro, do cupuaçuzeiro e de outras plantas do gênero Theobroma (espécies vegetais nativas da região amazônica) em qualquer fase de desenvolvimento. A praga já chegou em vários países produtores de cacau da América Latina, como Jamaica, Venezuela, Peru e Bolívia.
O fungo atinge, principalmente, os frutos mais jovens, que, quando contaminados, incham, apresentam manchas escuras e soltam um pó que é facilmente disseminado pelo vento e por meio de materiais contaminados como plantas, roupas, sementes e embalagens.