Após pouco resultado com os EUA, Lula vai à China tentar aproximação
Países enfrentam ampla disputa comercial e geopolítica; presidente deve viajar com Dilma e ministros no dia 25 de março
Após baixa efetividade nos resultados comerciais com os Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai à China em busca de uma reaproximação. O embarque está previsto para o dia 25 deste mês, em uma comitiva que vai reunir a ex-presidente Dilma Rousseff, ministros, parlamentares e empresários de vários segmentos do país.
Os dois países têm disputas comerciais e geopolítica e enfrentam questões que envolvem uma guerra de narrativas sobre os “balões-espiões”. É sob esse contexto de tensões entre China e Estados Unidos que o presidente vai se reunir com o líder chinês, Xi Jinping, no próximo dia 28.
A viagem escancara também a diferença entre a programação que Lula teve nos Estados Unidos, em fevereiro, com a que terá na China. No país comandado por Joe Biden, o petista ficou apenas um dia. Já no gigante asiático, a expectativa é de que ele fique ao menos quatro dias.
Entre os assuntos que devem ser tratados nos encontros estão a invasão russa à Ucrânia, saúde, meio ambiente, indústria e a reforma de fóruns multilaterais, como o Conselho de Segurança da ONU.
- Parque nuclear brasileiro
Um das integrantes da comitiva será a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, que vai tratar da parceria aeroespacial com o país asiático, cujo interesse também é lançar mais um satélite. Há intenção, por parte de representantes chineses, de expandir o parque nuclear brasileiro, inclusive com aportes para obras de Angra 3 e a construção de outras usinas.
“A expectativa é de que a gente consiga produzir um novo satélite, pelo estágio em que a gente já tem de desenvolvimento tecnológico do projeto, ainda no governo Lula, e entregar outro satélite dessa constelação”, afirmou. O foco, segundo a ministra, seria “para a área climática, para o monitoramento da Amazônia”.