
As escolas indígenas estaduais são específicas e diferenciadas, e a formação de professores para atuar não é diferente. O processo passa por uma educação intercultural, respeitando, sobretudo, suas origens, identidade, e a língua materna. O projeto Turê, da Secretaria de Estado da Educação (Seed), formou 56 novos professores da etnia Waiãpi, que vão atuar das séries iniciais ao ensino fundamental do 1º ao 5º ano.
O curso de Formação de Magistério Indígena estava parado e só foi retomado no início deste ano. Coordenado pelo Núcleo de Educação Indígena (NEI) da Seed, as aulas aconteceram na Escola Indígena Estadual Aramirã, localizada no município de Pedra Branca do Amapari. O encerramento do curso ocorreu na última quinta-feira, 23 de fevereiro. A formatura está prevista para dia 19, data que celebra o Dia dos Povos Indígena.

Os alunos tiveram acesso a 10 módulos de aprendizagem, com 33 disciplinas, divididas em: Linguagens, Ciências Humanas, Ciências Naturais e Formação Específica ao Magistério Indígena. A turma de Pedra Branca foi a terceira do estado a ser formada para o magistério pelo Projeto Turé. As outras duas foram em Oiapoque.
A Seed administra 54 escolas indígenas localizadas no Amapá e Norte do Pará, que funcionam no sistema regular e modular, atendendo mais de 4,6 mil estudantes.
Nas escolas aonde não é possível ofertar o ensino regular, o Estado implanta o Sistema de Organização Modular de Ensino Indígena (Somei) em que o professor passa 40 dias na aldeia. Esse método é voltado para o 6º ano ao ensino médio.
O ensino modular atua nas Escolas Indígenas de três áreas do estado, localizadas nos municípios de Oiapoque, Pedra Branca do Amapari e na região do Parque Montanhas do Tumucumaque.