Quem vive nas comunidades ribeirinhas conta, desde 2020, com a ambulancha, um transporte fluvial do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) adequado para adentrar os rios e igarapés amazônicos de forma ágil.
A ambulancha já soma 150 atendimentos, em média, 5 por mês, envolvendo localidades do Amapá e Pará. O transporte dos pacientes ocorre em casos de urgência ou emergências médicas, como picadas de animais peçonhentos, partos, acidentes durante a colheita do açaí e outros.
O serviço da ambulancha é sediado no Píer da Segurança Pública, no distrito da Fazendinha, em Macapá, um local estratégico para alcançar várias comunidades ribeirinhas pelo Rio Amazonas e seus afluentes, como os rios Matapi e Vila Nova.
É possível solicitar a ambulância fluvial pelo número (96) 4141-4406, que funciona como WhatsApp e para chamadas. Ao receber uma solicitação, os servidores avaliam cada caso para atender quem precisa.
A equipe é composta por um prático (piloto da lancha), médico, enfermeiro, técnico de enfermagem e um auxiliar. A ambulancha tem capacidade para oito pessoas, espaço para uma maca, iluminação própria para navegação, rede de oxigênio, equipamentos para sutura, imobilização e mobiliário. O equipamento leva o nome do ex-diretor do Samu, coronel Ademar Rodrigues, falecido em 2020, vítima da covid-19.
Para o diretor-geral do Samu, Rildo Brito, atender às comunidades ribeirinhas com rapidez é essencial, principalmente em casos mais graves.
“É uma preocupação constante levar atendimento com qualidade às nossas comunidades. Essa ambulancha é um equipamento característico da Amazônia e, com essa estrutura, já conseguimos salvar muitas vidas”, destacou.