PF deflagra operação de combate ao tráfico de drogas na Região Metropolitana de Macapá
Criminosos usavam propriedades ribeirinhas para desembarcar e guardar a droga que era trazida de Santarém (PA) e Manaus (AM) para o Amapá em navios de linha
Elden Carlos / Editor
A Polícia Federal (PF) cumpriu onze mandados de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira (16) nas cidades de Macapá, Santana e Mazagão, na Região Metropolitana, durante a operação ‘Cripta’, que investiga uma rede de tráfico de drogas que era operada de dentro do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).
Dois homens, de 43 e 56 anos, foram presos em flagrante durante o cumprimento das ordens judiciais por posse ilegal de arma de fogo.
A operação ocorreu de forma conjunta com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Amapá (/MP-AP), Guarda Municipal de Macapá, 4º Batalhão de Polícia Militar (4º BPM) e Canil do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
Segundo a PF, a investigação iniciou em maio de 2021, quando um casal foi preso às proximidades da Ilha de Santana com cerca de 15 quilos de cocaína que estavam escondidos em tonéis plásticos enterrados no terreno rural. A partir dessas prisões foi descoberto que o produto entorpecente pertencia à liderança criminosa que cumpria pena no regime fechado do Iapen.
Também foi apurado que parentes do criminoso atuavam a mando dele com o aliciamento de ribeirinhos para que as drogas, trazidas em sua maioria das regiões de Santarém (PA) e Manaus (AM), fossem desembarcadas dos navios de linha nesses terrenos. Depois, a droga era fracionada e transportada em pequenas embarcações para os três municípios.
Houve ainda a constatação de que o dinheiro do tráfico de drogas era ‘lavado’ na compra de bens materiais e montagem de empreendimentos. Os investigados devem responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, integrar organização criminosa e lavagem de dinheiro. Em caso de condenação, a pena pode ser de até 41 anos de prisão.
Imagens: Divulgação/PF