PC apura possível fraude que pode ter desviado mais de R$ 1,5 milhão do Sinsepeap
Operação ‘Sindicus’ investiga um esquema que pode ter desviado de forma fraudulenta mais de R$ 1,5 milhão dos cofres do sindicato da Educação
Elden Carlos / Editor
A Divisão Especial de Combate à Corrupção (Decor), da Polícia Civil do Amapá, apreendeu na terça-feira (7) centenas de documentos e mídias na sede do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá (Sinsepeap), durante a operação ‘Sindicus’, que investiga um suposto esquema fraudulento que pode ter desviado mais de R$ 1,5 milhão dos cofres do sindicato na gestão eleita para comandar o Sinsepeap durante o triênio 2017/2019. A apreensão ocorreu durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão expedidos pela justiça.
Segundo o delegado Manoel Pacheco, a diretoria investigada é a mesma que foi reeleita para administrar a instituição.
“Estamos investigando possíveis fraudes que ocorreram no sindicato em relação às despesas não declaradas, de aproximadamente, R$ 1,5 milhão. Inicialmente, os investigados são os gestores do Sinsepeap, porém, é possível que se tenha outras pessoas responsabilizadas e, até mesmo, pessoas jurídicas. Apreendemos o celular de um dos investigados e diversos documentos referentes ao período de 2017 a 2020. Agora, analisaremos a documentação apreendida e iniciaremos as oitivas”, explicou o presidente do inquérito.
Dados levantados pela própria Polícia Civil revelam que o Sinsepeap tem mis de 11 mil profissionais da educação inscritos como sindicalizados e que apenas a arrecadação com o pagamento das mensalidades supera a ordem de R$ 250 mil mensais. Anda segundo o delegado, apesar de não se tratar de verba pública, o crime a ser apurado envolvendo os supostos recebimentos por parte dos diretores é equiparado ao crime de peculato.