Ataque a tiros deixa 2 mortos na Ilha Mirim; uma das vítimas tinha condenações por tráfico de drogas

Vítimas foram executadas durante ataque a tiros na rua Salmo 51, bairro Ilha Mirim, Zona Norte de Macapá

Elden Carlos / Editor

A Delegacia Especializada em Crimes Contra Pessoa (Decipe) instaurou inquérito para apurar os assassinatos de Raimundo Nonato Alves Mira, de 45 anos, e Charles Freitas dos Santos, de 20 anos, que foram mortos a tiros na tarde de sexta-feira (13) durante um ataque na rua Salmo 51, bairro Ilha Mirim, Zona Norte de Macapá.

O Centro Integrado em Operações da Defesa Social (Ciodes) registrou a ocorrência às 16h39.

Segundo o delegado Celso Pacheco, que comanda as investigações, testemunhas relataram que pelo menos três homens chegaram ao endereço em um carr de passeio, modelo Fox, de cor vermelho. Eles desembarcaram abrindo fogo contra as vítimas. Raimundo e Charles caíram na calçada em frente ao imóvel. Depois, os atiradores fugiram. O resgate médico foi acionado e constatou os óbitos.

“Estávamos atendendo outra ocorrência de assassinato a tiros no Jardim Felicidade II quando recebemos um novo chamado para esse local. As características de execução são claras. Recolhemos material que será utilizado na investigação. Também foram recolhidos estojos de munição calibre 380, a mesma utilizada no outro ataque. Não sabemos ainda se os crimes tem alguma ligação, mas não se pode descartar nenhuma hipótese no momento. Pelo menos uma das vítimas aqui da Ilha Miram tinha passagem pela polícia”, disse o delegado.

A vítima a que ele se reportou foi Raimundo Mira. Ele tinha mais de dez processos registrados na justiça do Amapá, principalmente, por tráfico de drogas. Os processos são oriundos das Comarcas de Macapá e Santana. Em uma das condenações, de 2014, Mira foi sentenciado a cumprir pena de 9 anos e 8 meses de prisão.

“Todas essas informações são importantes para que tenhamos um norte na investigação. Não se pode falar ainda possível ligação dessas pessoas com organizações criminosas, mas, repito, não podemos descartar nenhuma hipótese”, concluiu Pacheco.

Os corpos foram removidos para o Departamento de Medicina Legal (DML) da Polícia Técnico-Científica (Politec) para serem necropsiados.

Reportagem e fotos: Rodrigo Índio