As operações resultaram nas prisões de vários integrantes e líderes de organizações criminosas, assim como apreensão de armas, drogas, dinheiro, veículos e outros patrimônios adquiridos de forma ilícita
Elden Carlos / Editor
Durante todo o ano de 2022, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) com apoio do Núcleo de Investigação do MP-AP (NIMP) e instituições que compõem as forças de segurança no Amapá, deflagrou 27 operações que resultaram em apreensões de cerca de 59 celulares e 121,4 kg de drogas, entre maconha, cocaína e skank. Foram expedidos 74 mandados de prisão, bem como 137 mandados de busca e apreensão em municípios como Macapá, Santana, Ferreira Gomes, Oiapoque e Laranjal do Jari.
Na maioria das ações, denúncias averiguadas envolviam tráfico de drogas intermunicipal e interestadual, associação para o tráfico, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, roubos, organização criminosa, fraudes em licitação e crimes eleitorais. Foram apreendidos ainda dez automóveis, sendo que sete desses veículos foram avaliados em mais R$ 641 mil. Duas armas e um drone foram coletados. Ocorreu, ainda, o resgate de uma criança sequestrada e bloqueios de valores em contas e aplicações financeiras de investigados, que foram foco de atuação do Gaeco.
Líderes de facção transferidos
Em abril, o Gaeco, com apoio das forças de segurança amapaenses, transferiu para um presídio da cidade de Mossoró (RN), Benedito Lima Carvalho, o “Caverna”, e Silvano Santos da Luz, o “Faroeste”. As duas lideranças eram responsáveis por ordenar execuções, roubos e tráfico de drogas nos municípios de Macapá, Santana e Mazagão.
Já em setembro, Ryan Richelle Menezes, o “Tio Chico”, foi transferido para a mesma cidade. Ele foi fundador e líder de uma facção criminosa atuante no Amapá. Os três criminosos estão cumprindo pena no presídio Federal de Segurança Máxima de Mossoró.
Operação Armagedon
O destaque de 2022 foi a Operação Armagedon. Deflagrada em setembro pela Força Tarefa de Segurança Pública (FTSP) da Polícia Federal (PF), em conjunto com o Gaeco, Núcleo de Investigação do Ministério Público e os demais órgãos que compõem a segurança pública do Estado. A Operação resultou de investigação de latrocínio, ocorrido em maio daquele ano, que vitimou um advogado, de 27 anos. As investigações revelaram que os algozes eram integrantes de uma célula criminosa denominada “Bonde Pé na Porta”.
A partir disso, foram cumpridos 50 mandados de busca e apreensão e 21 de prisão preventiva contra os integrantes da facção. No total, foram empregados nessa operação 503 profissionais entre policiais, promotores de justiça, médicos legistas, delegados, escrivães da PF e agentes de segurança pública, além de 89 viaturas terrestres e um helicóptero.
Operação Senha Inválida
Realizada em novembro do ano passado, nos municípios de Macapá e Oiapoque, com o apoio da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Promotoria de Oiapoque, a operação “Senha Inválida” foi um desdobramento da “Operação Octopus” que investigou o desvio de recursos públicos nas prefeituras de Ferreira Gomes, Cutias do Araguari, dentre outros. Durante a ação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em 12 endereços nos municípios de Macapá e Oiapoque.
“O ano de 2022 foi intenso, uma vez que atuamos fortemente para o combate à criminalidade e aos crimes eleitorais. A meta para 2023, assim como os anos anteriores, é garantir a segurança da população e evitar que criminosos e integrantes de facções cresçam no Estado, espalhem a desordem, o caos e o medo. Essas ações demonstram a importância da integração entre as todas forças de segurança pública e todas as pessoas envolvidas nesse processo de busca de informação e de dados, para que haja compartilhamento e integração de todos os que buscam o bem estar da sociedade”, frisou a coordenadora do Gaeco e NIMP, promotora de Justiça Andrea Guedes.
Fonte: Informações MP/AP