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Vacinas anti-Covid atualizadas têm 73% de eficácia contra internações

Grupo analisou dados de hospitalizações de idosos com mais de 65 anos que receberam vacinas que protegem contra a Ômicron

Um estudo publicado pelos CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos mostra que uma dose adicional de vacina contra a Covid-19 atualizada para a variante Ômicron do coronavírus reduz significativamente o risco de internação em idosos.

Os pesquisadores analisaram dados de 798 adultos sem imunossupressão com mais de 65 anos que foram atendidos com Covid-19 em 22 hospitais entre 8 de setembro e 30 de novembro deste ano. A idade média do grupo foi 73 anos.

Os pacientes foram divididos em dois grupos: um da análise, com 381 integrantes, e outro de controle, com 417 pessoas. No grupo de análise, 21% eram não vacinados, 73% haviam recebido duas doses ou mais da vacina monovalente (a de primeira geração usada nos esquemas primários), e 5% tomaram uma dose de reforço com vacinas atualizadas.

Nos pacientes do grupo controle, 15% eram não vacinados, 71% receberam duas doses ou mais da vacina mono valente e 14% tiveram um reforço com a vacina bivalente.

“Quando comparada com pacientes não vacinados, a eficácia da vacina de uma dose de reforço bivalente na prevenção de hospitalização associada à Covid-19 foi de 84%. Quando comparado com pacientes que receberam duas doses ou mais de vacina apenas monovalente de RNAm [RNA mensageiro] dois meses antes do início da doença, a eficácia da vacina relativa de uma dose de reforço bivalente foi de 73%”, diz o estudo.

Segundo a agência sanitária, os resultados sugerem “um benefício incremental importante para pessoas elegíveis para receber um reforço da vacina bivalente”.

“Essas descobertas iniciais de uma coorte de adultos com idade igual ou acima de 65 anos, 74% dos quais com múltiplas condições subjacentes, estão entre as primeiras a documentar evidências do mundo real de que o recebimento de uma dose de reforço bivalente após a conclusão de pelo menos um esquema primário de vacinas de RNAm contra a Covid-19 é protetor contra a hospitalização por Covid-19”, acrescentam os autores.

As vacinas de RNA mensageiro utilizadas nos Estados Unidos são as da Pfizer/BioNTech e da Moderna – no Brasil, apenas a primeira está disponível. Em 23 de novembro, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou duas vacinas da Pfizer que estão atualizadas para proteger contra subvariantes da Ômicron.

O contrato do Ministério da Saúde com a farmacêutica já prevê o envio de novos lotes com as novas doses. Os primeiros começaram a chegar na semana passada. Especialistas entendem que os idosos e indivíduos com alguma imunossupressão devem ser os primeiros a receber os reforços com essas vacinas.

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