Da Redação
O avanço do mar pela foz do rio Amazonas, por onde escoa 1/5 da água doce do planeta, salinizou as águas que banham as comunidades do arquipélago do Bailique, no Amapá. A situação vem se agravando cada vez mais.
Os relatos dos moradores das 8 ilhas e das mais de 50 comunidades que compõem a comunidade do Bailique, foram feitos para integrantes da Associação Gira Mundo, grupo que já vem atuando na comunidade há mais 10 anos em busca da melhoria para a quem vivi ali.
“Nesses últimos dias, recebemos vários pedidos de ajuda, tanto através do Conselho Comunitário quanto dos grupos de educação, onde as escolas do arquipélago, estão sem acesso à água potável, com os professores desesperados com a situação, em como dar uma água de qualidade aos alunos”, disse Rayane Penha, presidente da Associação Giramundo.
Segundo a Associação Giramundo, das 26 escolas que existem no Bailique, apenas 3 podem contar com a água doce e própria para consumo.
Como as pessoas do arquipélago convivem com a falta de energia e dificilmente tem acesso a internet e rede de telefonia, Rayane se torna porta-voz de um pedido de socorro.
“Precisamos com urgência que as pessoas possam beber uma água limpa e saudável de um abastecimento de forma mais direta, mas a longo prazo, é algo que precisa ser resolvido. Com uma população estimada em mais de 11 mil pessoas, a necessidade da água potável é essencial. Fazemos um apelo à prefeitura de Macapá, Governo do Estado e órgãos competentes para uma solução imediata desse problema”, concluiu.
Reportagem: Rodrigo Indinho
Imagens: Manoel Jr