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Delegada pede prisão preventiva de filha que matou mãe carbonizada

Mulher, de 33 anos, poderá ficar em ala psiquiátrica por apresentar distúrbios mentais. Ela está sob custódia do Estado. Delegada que investiga o caso representou pelo pedido de prisão preventiva

Elden Carlos / Editor

A delegada Sandra Dantas, titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra Mulher (DECCM) confirmou na manhã desta quarta-feira (7), durante entrevista ao programa Primeira Opção (rádio Equinócio 99,1FM), que houve o pedido de prisão preventiva contra a mulher de 33 anos, suspeita de atear fogo e matar a própria mãe na madrugada de terça-feira (6) em uma residência localizada no bairro Zerão, Zona Sul da capital. Maria do Socorro de Oliveira Gomes, de 64 anos, morreu carbonizada dentro do quarto onde ela dormia.

Local onde a vítima dormia foi incendiado pela filha durante possível surto

“A delegada Janeci Monteiro, que recebeu a ocorrência no plantão, representou pelo pedido de prisão preventiva para que a suspeita fique sob custódia do Estado. Familiares relataram que ela sofre de transtornos mentais. Então, diante disso, também foi requerido ao judiciário um exame de sanidade mental. Esse exame só pode ser autorizado pelo juiz. Uma vez comprovada essa informação, vamos direcioná-la para uma ala psiquiátrica. Também estamos aguardando o laudo de local de morte violenta para saber de que forma ela iniciou o incêndio. Além disso, vamos levantar outras questões importantes relacionadas à essa moça, inclusive, sobre como ela vinha sendo tratada pela família, se recebia acompanhamento médico, se tomava medicações controladas, enfim. Todas as medidas estão sendo adotadas pela Polícia Civil para esclarecer os fatos”, disse a delegada.

Sandra Dantas revelou ainda que diante da consternação dos familiares ainda não foi possível ouvir formalmente os filhos e outros moradores da residência. “Respeitamos a dor pela perda trágica e luto da família. Conversamos informalmente com alguns deles e tivemos relatos de que a moça, após atear fogo na cama onde a mãe dormia, ficou assistindo, sorrindo, as chamas se alastrarem. Vamos continuar as diligências no sentido de poder ouvir essas pessoas ainda esta semana, após o sepultamento, para que possamos caminhar no sentido de concluir o inquérito”, concluiu a titular da DECCM.

A mulher foi levada para ala psiquiátrica do Hospital de Emergências de Macapá onde aguardará decisão judicial. Se o juiz conceder a prisão preventiva, ela poderá ser transferida para ala psiquiátrica do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) para acompanhamento especializado.

Imagens: Fabrício Picanço

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