Inicialmente marcada para começar no dia 2 de maio, nova etapa do serviço do Banco Central ainda não tem data definida
A segunda fase do programa do BC (Banco Central) para sacar dinheiro esquecido em instituições financeiras ainda não tem previsão para começar. A consulta ao SVR (Sistema de Valores a Receber) estava prevista para ser retomada em 2 de maio, mas foi suspensa inicialmente por causa da greve dos servidores da instituição, que terminou em julho.
O BC afirma que as equipes técnicas da instituição estão promovendo melhorias no sistema. “O cronograma, a estimativa de valores e as demais informações sobre a nova etapa do SVR serão divulgados oportunamente, com a devida antecedência”, afirmou a autoridade monetária em nota.
A segunda etapa do programa tinha previsão de liberar R$ 4,1 bilhões a pessoas físicas e jurídicas de todo o país. Ao todo, a estimava era disponibilizar R$ 8 bilhões na economia por meio do SVR.
Na primeira fase, encerrada em abril, foram disponibilizados R$ 3,9 bilhões, mas apenas 8% (R$ 321 milhões) foram solicitados pela plataforma do BC, sendo R$ 306 milhões por pessoas físicas e R$ 15 milhões por empresas. No total, foram 3,6 milhões de pessoas físicas e 19 mil de pessoas jurídicas.
Devolução
O dinheiro a ser devolvido vem de contas correntes ou de poupança encerradas e não sacadas; cobranças indevidas de tarifas ou de obrigações de crédito previstas em termo de compromisso assinado com o BC; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de associados de cooperativas de crédito e grupos de consórcio extintos.
Na segunda fase, deverão ser incluídas novas fontes de valores a receber: cobranças indevidas de tarifas ou obrigações de crédito não previstas em termo de compromisso; contas de pagamento pré-pagas e pós-pagas encerradas e com saldo disponível e contas encerradas em corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários.
O que são os valores esquecidos?
O SVR (Sistema de Valores a Receber) mostra se você tem algum dinheiro a receber em bancos e em outras instituições. Na primeira fase do SVR, foi possível consultar valores de:
- Contas-correntes ou de poupança encerradas, com saldo disponível.
- Tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que a devolução esteja prevista em Termo de Compromisso assinado pelo banco com o BC.
- Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito.
- Recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.
O que o sistema não mostra
- Ajustes de planos econômicos;
- Acordos ou sob disputa judicial;
- Instituições financeiras ou administradoras de consórcios liquidadas ou encerradas;
- valores de abono salarial (PIS ou Pasep);
- Saldo em conta de FGTS;
- Contas abertas que estão sem movimentação;
- Contas sem identificação completa e que não foram recadastradas até dez/1994.
Saiba mais em https://valoresareceber.bcb.gov.br