COp-27: Leilão vai considerar potencialidades da área para além do valor da madeira
O Governo do Amapá e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmaram parceria para a construção da modelagem para concessão florestal de uma nova área de 600 mil hectares da Floresta Estadual do Amapá. A medida ocorreu nesta segunda-feira, 14, no Egito, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP-27).
O contrato foi assinado no estande do Consórcio Amazônia Legal (CAL) pelos secretários de Estado do Planejamento, Eduardo Tavares, do Meio Ambiente, Joel Rodrigues, e pelo diretor de Concessões e Privatizações do BNDES, Fábio Abrahão.
A área de 600 mil hectares poderá ser concedida de forma única ou fracionada. A avaliação técnica decidirá o que é mais vantajoso do ponto de vista socioambiental. A estimativa do secretário do Meio Ambiente, Joel Rodrigues, é de que o leilão ocorra em até um ano. Além do valor da madeira, a modelagem deve levar em conta o potencial de serviços florestais, de extrativismo e do manejo comunitário.
Não haverá desembolso imediato por parte do governo, a instituição financeira será paga com parte dos recursos desembolsados pelo futuro concessionário. O BNDES tem experiência em projetos do tipo. Hoje, o banco tem 18 milhões de hectares de florestas na sua carteira de concessão.
Além do contrato, o Governo do Amapá, durante a COP-27 já firmou acordo com a Emergent no valor de R$800 milhões em compensações ambientais, tornando o Amapá, o 1º estado brasileiro a adotar esta iniciativa para recompensar financeiramente os esforços na redução de emissão de gases e desmatamento.
O Amapá também apresentou os resultados do projeto Amazônia +10, que fomenta a produção de pesquisas científicas, com a realização de uma chamada pública com 152 propostas e a criação do Amaparque, uma área de cerca de 6,5 mil hectares, de conservação para lazer, práticas esportivas e contemplação da natureza, tornando-se o maior parque metropolitano do mundo.