
Com 85% da cobertura florestal original mantida – totalizando 12 milhões de hectares – o Amapá é um dos locais com maiores taxas de preservação do Brasil, e busca, cada vez mais, aliar desenvolvimento econômico e proteção ambiental. Ainda em agosto, o Ministério do Meio Ambiente autorizou o estado a acessar os recursos de créditos de carbono por meio da Resolução Nº 10/2022 da Comissão Nacional de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+).
A estratégia permite a compensação financeira pela preservação ambiental, uma vez que manter as florestas de pé contribui para a redução de emissões de gases de efeito estufa, como o gás carbônico (CO2).
De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), o Amapá está autorizado a captar recursos no volume de mais de 137 milhões de toneladas de CO² referentes à redução de emissão alcançada entre 2006 e 2017 em seu território – cada um desses créditos pode ser comercializado a 5 dólares, gerando renda para o estado e ampliando o acesso a políticas públicas.
Como funciona a captação dos recursos?
Na prática, as empresas estabelecem metas de redução da emissão de gases de efeito estufa. Uma parte dessa meta pode ser atendida com a compra de créditos de carbono gerados por outras empresas ou jurisdição.
O monitoramento dos créditos será por meio da certificação de créditos de carbono que serão registrados em plataformas digitais e comercializados de acordo com a demanda do mercado voluntário e de acordo com os valores estabelecidos para cada período de creditação.
Histórico
Em agosto de 2022, o Amapá se tornou elegível para captar recursos por meio da Estratégia Nacional para REDD+, que distribui anualmente, de acordo com os resultados alcançados, um limite de captação por estado da Amazônia Legal.
REDD+ é um incentivo desenvolvido das Nações Unidas para recompensar financeiramente países em desenvolvimento por seus resultados de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa provenientes de florestas.