Polícia

PF deflagra operação para apurar esquema de desvio de produtos eletrônicos nos Correios do AP

Segundo a Polícia Federal (PF), funcionários e ex-funcionários da empresa pública, além de outras pessoas externas, operavam um grande esquema de desvio de produtos eletrônicos na capital.

Elden Carlos / Editor

A Polícia Federal (PF) cumpriu quatro mandados de busca e apreensão na manhã desta sexta-feira (4) durante a Operação Extravio, que investiga uma associação criminosa responsável por um esquema de desvio de produtos eletrônicos dentro dos Correios no Amapá. Os mandados foram cumpridos nos bairros Fazendinha, em Macapá, e Fonte Nova, em Santana, Região Metropolitana da capital.

Notebook apreendido pelos policiais durante operação

Segundo a PF, as investigações iniciaram em julho do ano passado, quando um homem foi preso em flagrante pelo crime de receptação qualificada. Ele estaria de posse de um notebook que havia sido desviado de dentro da agência dos Correios. De acordo com a Polícia Federal, um consumidor havia realizado a compra do produto pela internet.

A loja virtual, com sede física em Manaus (AM), despachou a mercadoria pelos Correios para o endereço em Macapá. Decorrido o prazo de entrega, o cliente realizou diversas reclamações sobre o atraso. A direção dos Correios declarou que não localizou o equipamento na agência. Durante o levantamento de informações, os policiais federais localizaram o produto sendo comercializado em uma loja de informática na capital amapaense, o que gerou a prisão em flagrante.

Aparelhos como tablets também foram apreendidos

Consta ainda que o esquema contava com a participação de funcionários e ex-funcionários dos Correios, além de outras pessoas sem vínculo com a empresa pública. Um funcionário era responsável pela identificação dos produtos eletrônicos. Posteriormente, os equipamentos eram desviados para outros operadores do esquema, responsáveis pela comercialização em sites de compra e venda e a loja de informática.

Os investigados devem responder pelos crimes de associação criminosa e peculato. Se condenados, a pena pode chegar a 15 anos de prisão. A operação foi batizada de ‘Extravio’ em referência aos produtos que não chegavam aos destinatários

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