Trabalhadores garantem que Governo do Estado não repassou recursos ao IBGH, que administra a unidade de saúde, causando sérios problemas financeiros aos profissionais.
Da Redação
Alegando dois meses de salários atrasados, funcionários do Instituto Brasileiro de Gestão Hospitalar (IBGH), que foi contratado pelo Governo do Estado para administrar a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Zona Sul de Macapá, cruzaram os braços em sinal de protesto nesta sexta-feira (28), exigindo a regularização dos vencimentos.
Segundo a técnica de enfermagem, Brenda Natália, os trabalhadores são amparados pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Ela afirma que o imbróglio ocorre em razão do não repasse, pelo governo do estadual, à empresa administradora da unidade.
“A gente tá com salários atrasados e temos famílias. Não temos nem o que comer mais praticamente. Temos que pagar nossas contas e precisamos de respeito. Somos CLT e exigimos respeito”, disse Natália.
A enfermeira Maria Léia Nunes, que também aderiu ao movimento, revelou que os trabalhadores já vislumbravam uma possível greve geral, caso a situação dos mais de 200 profissionais não fosse resolvida. Ela expressou indignação ao garantir que o governo não estava cumprindo com as obrigações e palavras dadas anteriormente.
“Governador Waldez Góes, nós queremos receber nossos salários. Queremos que o senhor honre seu compromisso firmado com os trabalhadores da saúde desse Estado”, declarou resumidamente indignada.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) foi procurada para comentar o assunto, mas não enviou nota oficial. Uma fonte, porém, afirmou que logo após a paralisação de advertência o secretário Juan Mendes convocou uma reunião com os funcionários da UPA Zona Sul e garantiu que até quinta-feira (3), os dois meses de salários atrasados serão pagos integralmente.
Reportagem e fotos: Fabrício Picanço
