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Tjap prioriza inclusão de pessoas no mercado de trabalho

Da Redação

A jovem Letícia Lisboa tem 25 anos e é a mais nova contratada do Tjap (Tribunal de Justiça do Amapá). O sonho de anos agora se tornou realidade. A menina que sempre quis trabalhar, esbarrava nas dificuldades em ser incluída no mercado de trabalho por ter Síndrome de Down.

A mãe de Letícia acompanha a filha nesta fase de adaptação, ela fala da emoção da família ao saber da contratação da menina, o pai que está no Rio de Janeiro chorou ao receber a notícia.

“É a realização de um grande sonho. Desde quando era pequena, ela via as pessoas saindo para trabalhar e sempre dizia que um dia, iria fazer aquilo que as pessoas faziam. No dia anterior da apresentação aqui no Tjap, ela mesmo arrumou a roupa dela e disse que agora é de verdade, verdadeira, ela iria trabalhar”, resumiu com orgulho, Adélia Lisboa.

O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Rommel Araújo, falou sobre a importância de incluir pessoas com necessidades no mercado de trabalho, para que possam resguardar o direito previsto na Constituição Federal. Além da Leticia, mais 12 pessoas surdas trabalham no TJAP.

“A inclusão das pessoas é importante e deve ser observada por todos os poderes. A realidade é que nós não estamos tendo a oportunidade de ensiná-la, mas de aprender com ela. Ela está lotada na Secretaria de Comunicação, e seja qual for o trabalho realizado, ela estará junto, numa forma de dar visibilidade e capacidade de nos ensinar aquilo que ela vê”, concluiu o desembargador.

A Letícia está lotada na assessoria de comunicação do órgão, recebendo treinamento para manuseio dos equipamentos como a máquina fotográfica. A mãe explicou que o trabalho ajuda bastante na saúde física e mental da filha, que já afirmou que nem quer tirar férias só para não se ausentar da atividade trabalhista.

Reportagem: Elidiane Amaral

Imagens: Paulo Leal

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