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Parceria Ministério da Agricultura e Embrapa/AP capacitam sobre controle da mosca-da-carambola

Da Redação

A Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Amapá (SFA-AP) e a Embrapa Amapá realizam neste mês de outubro, uma capacitação sobre bioecologia e técnicas de controle da mosca-da-carambola, para delegados do Comitê de Sanidade do Cone Sul (Cosave) e técnicos da Guiana Francesa, do Suriname, da SFA/AP, Embrapa/AP e outras instituições do Estado.  

De 17 a 21 o curso será direcionado a técnicos da Guiana Francesa e do Suriname; e no período de 24 a 28 deste mês será aplicado a agentes do Cosave. As atividades acontecerão em vários ambientes, desde laboratórios, depósitos e áreas de educação sanitária.  Nos dias 17 e 18 de outubro (segunda-feira e terça-feira), das 15h às 17h, acontecerá uma atividade prática do curso no Laboratório de Entomologia da Embrapa. 

A delegada do Comitê de Sanidade do Cone Sul, (Cosave), Jocelyn Flores veio do Chile e está participando da capacitação sobre bioecologia e técnicas de controle da mosca-da-Carambola, que está sendo realizada pela Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Amapá (SFA/AP) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa/AP). Até o momento, o México não registrou nenhum caso envolvendo a praga; mesmo assim, Jocelyn veio buscar conhecimento em solo amapaense e considera importante o trabalho desenvolvido aqui para combater a mosca-da-carambola.

“Sem dúvida, as moscas das frutas de importância econômica são um problema mundial e nos interessa muito todas as ferramentas para combatê-las. Este treinamento com os colegas do Brasil e do COSAVE é muito importante porque as moscas das frutas são dinâmicas e podem ultrapassar as fronteiras, por isso é necessário que os países da região como o Brasil, Argentina, Chile e Bolívia tenham as técnicas para conhecer e controlar a praga. Nesse contexto, o Brasil está na dianteira das pesquisas”, Jocelyn Yevenes Flores, delegada da Cosave/Chile.

Há 20 anos que a Embrapa/AP vem realizando pesquisas para o combate a mosca da carambola; e há 8 anos, essas pesquisas vêm se intensificando e chamando a atenção de diversos países pelo mundo.

A Mosca-da-Carambola é uma espécie de mosca das frutas, originária do sudeste asiático. Por volta da década de 80 entrou no continente sul-americano pelo Suriname. Chegou até a Guiana Francesa, e em 1996 foi identificado o primeiro foco no Brasil no município de Oiapoque, aqui no Amapá.

Esta é uma praga exótica classificada como quarentenária presente, ou seja, possui ocorrência restrita e está sob controle oficial tanto no Amapá quanto em Roraima. Sua presença pode ocasionar sérios prejuízos para a fruticultura nacional, gerando entraves e restrições na exportação de frutos no país, pois uma vez contaminados, se tornam visualmente menos atrativos e têm a durabilidade comprometida.

De acordo com o pesquisador, os participantes da capacitação estarão durante os dois primeiros dias, recebendo conhecimentos práticos e teóricos de todas as pesquisas desenvolvidas no Brasil, através da Embrapa Amapá referente o combate à mosca da carambola.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estima que, se a mosca-da-carambola ficar fora de controle no Brasil, poderá gerar um prejuízo potencial de US$ 30,7 milhões de dólares no ano inicial e de cerca de US$ 92,4 milhões de dólares no terceiro ano de infestação.

O esforço é preventivo para evitar a entrada da mosca-da-carambola em áreas do Brasil produtoras e exportadoras de frutas, evitando prejuízos em torno de R$ 400 milhões de reais anuais, no caso de as exportações de manga, laranja e goiaba serem suspensas.

Reportagem: Luciane Alves

Imagens: Manoel Junior

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