Polícia

PC concluiu inquérito sobre assassinato de jovem grávida de 2 meses em Vitória do Jari

Vítima havia contraído uma dívida de drogas de quase R$ 3 mil com os traficantes. Como não pagou, teve a morte decretada de dentro do Iapen

Elden Carlos / Editor

O delegado Erivelton Clemente, titular da delegacia de Polícia Civil de Vitória do Jari, na região sul do Amapá, concluiu o inquérito que apurava o assassinato da jovem Sabrina Alves de Souza, de 21 anos, executada com mais de vinte facadas na noite de 30 de agosto deste ano no interior da residência onde ela morava, na sede do município de Vitória. A motivação para o crime foi uma dívida de drogas que ela teria contraído com traficantes da região.

Sabrina estava grávida de 2 meses

Segundo o delegado, o mandante do assassinato ordenou o crime de dentro do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). “Ele [mandante] integra o que se chama de ‘Conselho Final’, responsável pela ordem de execução. Após um trabalho minucioso de investigação, chegamos à identidade desse faccionado. Representamos pela prisão preventiva que foi deferida pela justiça. Como ele já cumpre pena por homicídio, foi notificado dentro da prisão”, disse o delegado.

A morte de Sabrina teve o envolvimento de pelo menos outras cinco pessoas, além do mandante. Uma delas foi peça-chave na investigação. Geane Lobato Correa, de 29 anos, era amiga da vítima.
Segundo mostra a investigação, quando a dívida de Sabrina com os traficantes ficou entre R$ 2 e R$ 3 mil, Geane foi incumbida pela facção de fazer a cobrança dos valores referentes à droga devida.

“Assim que houve o crime, apreendemos o aparelho celular da vítima. Nele, haviam várias conversas com ameaças feitas por essa investigada. Foi um ponto importante na elucidação do caso”, declarou Clemente.

Diante da negativa de pagamento, Geane planejou a morte da amiga a mando dos líderes da facção. A mulher contratou uma embarcação ‘rabeta’ para fazer o transporte de dois faccionados que estavam em Laranjal do Jari. Os homens, ao chegarem em Vitória do Jari, foram hospedados na casa de Geane. A movimentação da investigada foi gravada por câmeras de segurança. Essas imagens também foram determinantes para identificação dos envolvidos um dos executores estava foragido do Iapen.

Após o crime, a dupla executora foi levada novamente pelo barqueiro para Laranjal. Esse piloto também foi indicado no inquérito. As armas usadas no homicídio e a embarcação que serviu para dar fuga aos criminosos foram apreendidas.


Imagens: Divulgação

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