Polícia

Ex-policial civil vai à júri popular pela morte da empresária Kátia Silva

A Vara do Tribunal do Júri de Macapá, sob titularidade da juíza Lívia Freitas, confirmou para segunda-feira (17) o julgamento do ex-policial civil Leandro Freitas, de 29 anos, que foi denunciado pelo Ministério Público do Amapá (MP-AP) pelo assassinato da empresária Kátia Silva, de 46, morta com um tiro no peito em julho de 2020. A Delegacia Especializada em Crimes Contra as Mulheres (DECCM), concluiu o inquérito como feminicídio.

O júri está marcado para iniciar às 8h da manhã no Fórum Desembargador Leal de Mira. Durante o júri, haverá apresentação da arma utilizada no crime. Também será realizada uma simulação no estacionamento do Fórum para demonstrar a dinâmica dos fatos. A simulação foi requerida pela Promotoria e autorizada pela juíza.

Sobre o caso
Segundo denúncia ofertada pelo Ministério Público do Amapá, e com base nos autos do processo, no dia 8 de julho de 2020, no bairro Jardim Marco Zero, zona sul de Macapá, Leandro Silva e Kátia Silva, que mantinham um relacionamento amoroso há quase dois meses, foram até a residência do filho da vítima para uma comemoração. Segundo testemunhas, o policial civil, que ingeria bebida alcoólica, estava alterado e manuseava uma arma de fogo, o que causou desconforto entre os presentes.

Simulação no local do crime

Posteriormente, teria passado a discutir do lado de fora do imóvel. As pessoas presentes na festa ouviram um estampido de tiro. Ao chegar em frente á residência, eles teriam se deparado com a empresária ferida e caída no chão. Leandro tinha um ferimento na altura do ombro.

Acusação
A denúncia ofertada pelo MP-AP sustenta que o policial civil foi o responsável pela morte da empresária, ocorrida durante discussão do casal. De acordo com a perícia, a vítima foi atingida com um tiro disparado a curta distância – “à queima roupa” – e o caso foi caracterizado como feminicídio.

Defesa
Já a tese da defesa, alega que não há provas suficientes para apontar que o disparo foi efetuado por Leandro Silva e declara, ainda, que o réu nega envolvimento amoroso com a vítima.
Leandro Silva, que foi preso em flagrante, recebeu autorização para responder em liberdade quatro meses após o caso, em novembro de 2020, mas voltou ao Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), em 2021.

Expulsão
No dia 24 de agosto deste ano, o governador do Estado assinou a demissão do agente da Polícia Civil Leandro da Silva Freitas. Em 2021, o Conselho Superior da corporação decidiu desligá-lo por embriaguez e uso indevido de arma institucional. Faltava a publicação do decreto no Diário Oficial do Estado, o que ocorreu naquele dia.

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