Cidade

Falta de acessibilidade dificulta locomoção de pessoas com deficiência

Deficientes físicos cansados de conviver com a falta de acessibilidade nos mais diversos locais, denunciam o descaso do poder público

Acessibilidade diz respeito à condição de possibilidade para a transposição dos entraves que representam as barreiras para a efetiva participação de pessoas nos vários âmbitos da vida social.

No contexto da pessoa com deficiência (PcD), o termo se refere à utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação.

Até nos habitacionais os deficientes encontram barreiras, é o que garante Marcelino Barata: “Quando o deficiente sai pra procurar um atendimento de saúde, na espera do transporte coletivo, ele precisa de uma cobertura para se proteger do sol ou da chuva, onde a maioria das paradas, não possui esse tipo de necessidade. O deficiente fica à mercê dos perigos do trânsito. Ficamos lesados sem nossos direitos”.

Ele destaca que já procurou todos os órgãos fiscalizadores em busca de apoio e ajuda, para que a lei de acesso seja então cumprida: “Todos os órgãos fiscalizadores tem consciência das nossas necessidades, como CTMac, Setrap, entre outros. A Coordenadoria de Mobilidade Urbana fica de mãos atadas.”

Utilizando cadeira de rodas, dona Neide sofre diariamente para ter acesso a saúde. No dia da nossa gravação ela esperou por horas na parada de ônibus e quando chega ao hospital o médico não está mais. “Espero muito tempo o transporte coletivo. Quando passa, ou está lotado ou o sistema de mobilidade de transporte no coletivo não funciona. É um dilema diário que sofremos com esse descaso”.

Calçadas sem rampa, dificuldades em meio a buracos, são muitos os problemas que impedem a locomoção de centenas de deficientes em nosso Estado. O sentimento é de abandono.

Para ter uma condição melhor de se deslocar de um ponto a outro da cidade. Fredson Brazão construiu um veículo para andar com sua cadeira de rodas. Mesmo assim, os problemas não acabaram; tudo porque as pessoas não respeitam as vagas existentes para deficientes, estacionando no local indevido.

“Minha maior dificuldade é o estacionamento, pois as pessoas não respeitam. A Ctmac que é o órgão competente para fazer essa fiscalização, não age da maneira correta”.

As deficiências são as mais variadas possíveis. As necessidades quando se trata de deslocamento de um local para outro, infelizmente também. O que essa população do estado do Amapá está clamando, está pedindo, é mais respeito por parte dos órgãos fiscalizadores competentes, para que o direito de ir e vir seja então respeitado.

Reportagem: Luciane Alves

Imagens: Manoel Junior

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