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Exclusivo: Alvo da operação ‘Queda da Bastilha’ foi morto por estrangulamento, revela exame cadavérico

A reportagem do Portal EquinócioPlay teve acesso – com exclusividade – ao laudo de exame cadavérico da POlitec. A causa do óbito, de acordo com o médico legista, foi: “asfixia por constrição cervical: esganadura”, ou seja, Rafael foi estrangulado até o óbito.

Elden Carlos
Editor

A Delegacia Especializada em Crimes Contra a Pessoa (Decipe), instaurou inquérito para apurar a morte do detento Rafael Mendonça Góes, de 33 anos, que foi encontrado morto na tarde de quarta-feira (14) no interior da cela onde ele cumpria pena pelo crime de homicídio, no Pavilhão F1 do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen). O pedido de perícia em local de morte violenta foi feito pelo delegado Wellington Ferraz.

O diretor do Iapen, Lucivaldo Costa, disse à reportagem, por telefone, que dois internos que foram vistos carregando o corpo da vítima para fora do alojamento foram apresentados no Centro Integrado em Operações de Segurança Pública (Ciosp) Pacoval, para tomada de depoimento.

A reportagem do Portal EquinócioPlay teve acesso – com exclusividade – ao laudo de exame cadavérico assinado pelo médico legista Pedro Artur Baptista. A causa da morte, de acordo com o legista, foi: “asfixia por constrição cervical: esganadura”, ou seja, Rafael foi estrangulado até a perda dos sentidos e consequente morte.

Corpo de Rafael sendo retirado em um carrinho do pavilhão

Queima de arquivo

A polícia agora vai apurar se a morte de Rafael Góes foi uma ‘queima de arquivo’. Ele era um dos investigados da operação ‘Queda da Bastilha’, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Amapá (MP-AP), que investiga uma organização criminosa altamente estruturada e que gerenciava crimes como tráfico de drogas, associação para o tráfico, falsidade ideológica, prevaricação, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

Segundo a PF, o grupo era formado por servidores públicos do Estado [delegado e policiais penais], advogados e líderes de facções atuantes no Amapá. Na quarta-feira pela manhã, Rafael foi um dos alvos da operação que cumpriu 22 mandados de busca e apreensão e 8 de prisão. À tarde ele apareceu morto.

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