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Bioparque promove capacitação sobre manejo de abelhas e produção de mel

Meliponário do parque foi apresentado como proposta educativa para comunitários da Reserva Biológica do Lago Piratuba

O Bioparque da Amazônia promoveu uma capacitação sobre meliponicultora, que consiste no manejo de abelhas sem ferrão. A proposta é desenvolver atividades sustentáveis para comunitários da Reserva Biológica (Rebio) do Lago Piratuba, que abrange os municípios de Pracuúba, Tartarugalzinho e Amapá. O objetivo é despertar o interesse na produção de mel, junto aos produtores da região.

A capacitação aconteceu no meliponário do Bioparque, que possui aproximadamente 200 mil abelhas sem ferrão. Na ocasião, também estiveram presentes alunos e professores da Escola Família Agrícola do Carvão, localizada no município de Mazagão.

Capacitação serviu para orientar sobre o desenvolvimento de atividades sustentáveis | Foto: Danilo Paiva/PMM

De acordo com biólogo e gerente do meliponário do parque, Richardson Frazão, o espaço foi apresentado como proposta educativa às comunidades, para que comecem a implementar a produção de mel, em seus respectivos locais de moradia.

“Nós buscamos trazer as comunidades tradicionais para o Bioparque. A intenção é que os visitantes tenham a experiência de conhecer grandes meliponários, e assim, se transformarem em multiplicadores do conhecimento. Com isso, buscamos que o meliponário do parque passe a ser referência em Macapá, para que as pessoas possam vir aqui buscar um aprendizado básico sobre ele”, explica.

Morador da Rebio do Lago Piratuba, o professor Elvis Mendonça, vê na capacitação uma oportunidade para preservar o meio em que vive. “É uma experiência muito gratificante para nós que moramos dentro de uma reserva biológica. Eu vivia da pecuária, mas hoje procuro substituir essa atividade por meios menos impactantes para o meio ambiente. Então, a criação de abelhas é uma opção viável na nossa região’’, destaca.

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) é responsável de proteger o patrimônio natural e difundir o desenvolvimento socioambiental, por meio da administração das Unidades de Conservação (UCs) federais. No Amapá, a Rebio do Lago Piratuba é administrada pela instituição.

Biólogo Richardson Frazão explicando sobre o funcionamento do meliponário do Bioparque | Foto: Danilo Paiva/PMM

De acordo com a gestora do ICMBio na Rebio do Lago Piratuba, Patrícia Pinha, a área é uma região de conservação de proteção integral, logo os moradores dos arredores precisam praticar atividades de sustento que não agrida o meio ambiente.

“Nós precisamos que as atividades produtivas desses moradores sejam compatíveis com a área da reserva. Há alguns anos, nós assinamos um compromisso de que, pouco a pouco, iríamos tentar implantar e experimentar novas alternativas, que fossem mais compatíveis com a área de proteção. Eles já têm algumas colmeias e vieram ao Bioparque aprender a aperfeiçoar essa atividade”, detalha.

Meliponário: O meliponário é um ecoatrativo dentro do Bioparque que promove o manejo da fauna desses insetos, que não possuem ferrão. O espaço trabalha com educação ambiental, destacando a importância dos animais para o mundo, no viés da conscientização e preservação do meio ambiente. No local, são manejadas 3 espécies de abelhas sem ferrão, sendo elas Melipona compressipes, M. fulva e M. paraensis, distribuídas em 130 colmeias no meliponário. Elas estão adaptadas aos ecossistemas presentes no espaço, vivendo livres na natureza.

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