Crise na Ásia: Japão e China fecham 2025 em rota de colisão
Taiwan, principal estopim da escalada de tensões entre o Japão e a China, tornou-se prioridade no fim de 2025

Sem completar sequer seis meses no cargo, a primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, se jogou em um conflito diplomático que envolve ameaças militares contra a China, após declarar que Tóquio reagirá militarmente caso o país avance sobre Taiwan. A crise marca o fim de 2025 com uma escalada nas tensões entre as duas nações asiáticas.
Após a declaração feita em outubro, a retórica entre os dois países se tornou mais dura. Durante uma sessão no Parlamento japonês, a premiê foi questionada sobre ameaças à segurança nacional. Ela afirmou que um bloqueio naval chinês a Taiwan, caso envolva ações militares, poderia representar um risco à sobrevivência do Japão, que teria de usar a força para se defender.
A China considera Taiwan parte de seu território e afirma que a ilha não possui independência.
O governo chinês não reagiu bem aos comentários de Takaichi. O Ministério das Relações Exteriores da China exigiu que ela retirasse as declarações sobre Taiwan.
Nas redes sociais, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, contestou a ausência de um pronunciamento de Takaichi para retirar a declaração sobre Taiwan.
China x Japão
- O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, afirmou em coletiva de imprensa que o Japão deve corrigir e se retratar imediatamente em relação ao comentário da primeira-ministra.
- Segundo Lin Jian, “se o Japão ousar recorrer à força e intervir no Estreito de Taiwan, isso constituiria um ato de agressão. A China enfrentará isso com contramedidas resolutas. Nós advertimos severamente o Japão que deve refletir profundamente sobre suas negações históricas de crimes de agressão”.
- Ele acrescentou que o Japão deve “cessar imediatamente a interferência nos assuntos internos da China e parar suas ações e palavras provocativas e transgressivas”.
- Em novembro, o Ministério da Defesa do Japão informou ter enviado caças da Força Aérea de Autodefesa do Sudoeste, após identificar um drone chinês entre a ilha de Yonaguni, no sul do país, e Taiwan.



